Jornal Estado de Minas

TEM OU NÃO TEM?

Bolsonaro sobre cloroquina: 'Não tem comprovação que não tem comprovação eficaz. Nem que não tem, nem que tem'


O presidente Jair Bolsonaro segue sua empreitada em defesa do uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no tratamento da COVID-19.

Nesta quinta-feira, Bolsonaro fez sua live semanal pelo Facebook com uma caixa do medicamento em cima da mesa e chegou a tomá-la nas mãos durante seu pronunciamento. Entretanto, o presidente se confundiu e tropeçou nas palavras na hora de falar sobre o remédio.




“Ainda tem estado, eu pedi para a Saúde levantar, que está proibindo a tal da cloroquina. A hidroxicloroquina. Tá proibindo. Se não tem alternativa, por que proibir? ‘Ah, não tem comprovação científica que seja eficaz.’ Mas também não tem comprovação científica que não tem comprovação eficaz. Nem que não tem, nem que tem”, disse Bolsonaro.

Rapidamente, internautas reproduziram o trecho do vídeo nas redes sociais e fizeram piada com a fala do presidente.

Adnet tá cada dia melhor”, disse o ator Bruno Gagliasso pelo Twitter, se referindo ao humorista Marcelo Adnet, exímio imitador de Bolsonaro.

“Pelo presidente a gente pode tomar chumbinho também”, disse outro usuário da rede.


Efeitos colaterais

Apesar da 'campanha' feita por Bolsonaro a favor da cloroquina e da ampliação de seu uso pelo Ministério da Saúde, inclusive para casos leves de COVID-19, não há comprovação científica de que o medicamento tenha efeito no combate à doença causada pelo coronavírus.

Além disso, a cloroquina e a hidroxicloroquina podem causar efeitos colaterais graves como distúrbios de visão, irritação gastrointestinal, alterações cardiovasculares e neurológicas, cefaleia, fadiga, nervosismo, prurido, queda de cabelo e exantema cutâneo.