Jornal Estado de Minas

PRISÃO DE FABRÍCIO QUEIROZ

Documentos e celulares são apreendidos em casa onde Queiroz foi encontrado

Além da prisão do ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, agentes da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público confiscaram documentos e aparelhos celulares na casa onde o policial militar reformado estava, em Atibaia, no interior de São Paulo.




De acordo com o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, da Polícia Civil de São Paulo, Fabrício Queiroz não esboçou reação ao ser capturado pelos agentes. O ex-assessor de Flávio Bolsonaro apenas disse que estava com a saúde fragilizada. Queiroz ficou internado diversas vezes no Hospital Albert Einstein, na capital paulista, para tratar de um câncer no intestino.

“Foi tranquilo, ele não esboçou reação, só falou que estava doente. Entregou celulares e documentos que interessavam ao Gaeco”, disse Nico ao canal Globonews.

Ainda segundo o delegado, a corrente do portão teve que ser rompida para que os agentes tivessem acesso ao imóvel que, de acordo com o caseiro à Polícia Civil, Queiroz estava instalado por volta de um ano. Ao todo, dois celulares e diversos documentos foram apreendidos. Além disso, uma quantia em dinheiro foi encontrada, mas ainda não foi contabilizada.

De Atibaia, Queiroz foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo, onde fará exames de corpo de delito. Em seguida, será levado ao Rio de Janeiro, cidade em que corre a investigação envolvendo o nome do ex-assessor e de Flávio Bolsonaro



“Todos os pertences do Queiroz estão sendo encaminhados à delegacia e ele será mandado para o Rio de Janeiro”, afirmou o delegado.

Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro passaram a ser investigados após um relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) detectar uma movimentação financeira na ordem de R$ 1,2 milhão na conta do ex-assessor de maneira "atípica", entre depósitos e saques. A descoberta foi em novembro de 2018.

A justiça do Rio de Janeiro suspeita que havia um esquema de "rachadinha" na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. A fraude consistia na devolução de parte dos salários dos servidores ao gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro.