A troca no comando na Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, formalizada na segunda-feira, será investigada no mesmo inquérito aberto pela Procuradoria-Geral da Republica para apurar as denúncias do ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, contra o presidente Jair Bolsonaro. Segundo as acusações de Moro, o chefe do governo interferiu politicamente na PF para ter acesso a inquéritos e a relatórios de inteligência do órgão.
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Jurídico do governo recomenda silêncio sobre reuniões com ministrosApós Moro, PGR quer ouvir 3 ministros militaresFux pede manifestação de PGR e OAB sobre plenário do STF julgar atos do governoPGR pede investigação contra manifestante que atacou enfermeiraWhatsApp ganha bot para verificar notícias relacionadas à COVID-19Nas denúncias que fez contra Bolsonaro, Moro disse que o presidente da República o pressionava para mudar o comando da PF e também da superintendência do órgão no Rio. A demissão do diretor-geral Maurício Valeixo foi o estopim para a decisão de Moro de deixar o governo.
As mudanças em tempo recorde da superintendência da PF no Rio chamaram a atenção das autoridades. Os investigadores querem saber se o fato tem ligação com a suposta interferência de Bolsonaro nas atividades da corporação.