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Estado de Minas COVID-19

Maia prega pacificação

Com 30 pedidos de processo contra Bolsonaro, presidente da Câmara defende equilíbrio e diz que prioridade é o combate ao coronavírus


postado em 28/04/2020 04:00

Rodrigo Maia (DEM-RJ) rompe silêncio, apoia ajuda a estados e prevê queda de 10% do PIB no fim do ano (foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados)
Rodrigo Maia (DEM-RJ) rompe silêncio, apoia ajuda a estados e prevê queda de 10% do PIB no fim do ano (foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados)

Brasília – Depois de mais de uma semana em silêncio, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) deu uma coletiva de imprensa na tarde de ontem e, com um discurso de pacificação, posicionou-se contrário ao impeachment, fugiu do tema da demissão do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro e comparou o momento que o Executivo vive hoje com as crises no fim do governo do ex-presidente Michel Temer. Até sexta-feira foram protocolados na Câmara dos Deputados 29 pedidos de abertura de processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ontem, mais um foi protocolado pelo deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP). Maia apreciou apenas um que foi indeferido por se tratar de denúncia anônima, o que vedado. Cabe a Maia fazer uma análise inicial de den
Rodrigo Maia (DEM-RJ) rompe silêncio, apoia ajuda a estados e prevê queda de 10% do PIB no fim do ano (foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados)
Rodrigo Maia (DEM-RJ) rompe silêncio, apoia ajuda a estados e prevê queda de 10% do PIB no fim do ano (foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados)
úncias por crime de responsabilidade contra o chefe do Executivo federal.

Maia defendeu a postura de parlamentares de debaterem a criação de CPI e a viabilidade de um impeachment contra Bolsonaro. “Tenho ouvido muitos quadros técnicos na economia e saúde, para continuarmos enfrentando esses desafios que não são pequenos, somado a uma crise política que vai impactar fortemente na confiança dos atores econômicos, dos que financiam a dívida. Nosso papel é dar confiança, ter equilíbrio”, afirmou. Maia destacou, também, que não pode ficar comentando processos de impeachment contra o presidente. “Eu sou o juiz. Não posso comentar temas que a decisão é minha e independente.”

O presidente da Câmara falou das reações dos deputados em relação às acusações de Moro, de que Bolsonaro quer interferir nas investigações da Polícia Federal. “Os últimos dias foram importantes para refletirmos sobre o nosso papel e o que devemos priorizar. Os ex-ministro da Saúde e o da Justiça são homens públicos com muita credibilidade, o que gera muita pressão da sociedade, muitas críticas ao governo, mas todos esses processos, de CPI, impeachment, têm que ser pensados e refletidos com muito cuidado”, ponderou.

“O papel da Câmara, neste momento, é que a gente volte a debater, de forma específica, o combate ao coronavírus. Temos tratado de conflitos políticos, conflitos nas redes sociais, mas não podemos tirar do debate e da pauta os projetos e projeções em relação ao enfrentamento do vírus. É nossa prioridade. A Câmara continua colaborando, trabalhando, pensando como cada um pensa e pode ajudar a reduzir os danos da crise. Precisamos ter paciência, ouvir mais do que falar”, disse.

Silêncio e queda do PIB


Questionado sobre o período em que não deu coletivas, Maia afirmou que é melhor o silêncio que o conflito. “Em alguns momentos, é bom o silêncio. A sociedade, muitas vezes, compreende melhor no silêncio que no conflito. Estamos acompanhando, desde quinta, um conflito no próprio governo, e venho refletindo sobre qual deve ser o papel da Câmara neste momento. Estamos no estágio inicial do aumento de casos de infecção por coronavírus”, disse. “Já está em um patamar muito maior que alguns auxiliares do governo imaginavam. As projeções em relação ao aumento de mortes no meu estado, como em vários outros, é muito impactante, alarmante. Além do impacto na saúde pública, tem um impacto grande na saúde econômica”, completou.

Sobre a saída de Moro do governo federal, Maia lamentou e destacou que as trocas de ministros no meio de uma pandemia causam ainda mais insegurança. Mas deixou claro que isso é um problema do Executivo. “É um problema do governo. Se há problemas na forma de nomear ou exonerar, já tem uma ação proposta pelo doutor Aras, procurador-geral da República, para que se investiguem essas questões. A Câmara deve manter seu foco no que é principal, que é o enfrentamento ao coronavírus”, afirmou. “O Parlamento não pode ser mais um elemento de crises e incertezas”, acrescentou.

Maia falou em uma queda no Produto Interno Bruto (PIB) que, se comparada às projeções de crescimento para o fim de 2020 antes da pandemia, equivalem a 10% do PIB. “Isso vai gerar aumento do desemprego no Brasil. Já se projeta aumento na taxa de desemprego de 16%, um aumento da economia informal chegando a 50% dos empregos no país. São números dramáticos em relação à vida, desemprego e renda dos brasileiros”, afirmou.



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