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Estado de Minas COVID-19

Farmácias de BH renovam estoques de cloroquina e hidroxicloroquina

Apontado por pesquisadores nos EUA e Europa como eficiente no tratamento do coronavírus, uso do medicamento é defendido pelo presidente Jair Bolsonaro; drogarias se antecipam para atender demanda


postado em 09/04/2020 06:00 / atualizado em 09/04/2020 09:37

Drogarias esperam aumento da venda de hidroxicloroquina e cloroquina(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A press)
Drogarias esperam aumento da venda de hidroxicloroquina e cloroquina (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A press)


As principais redes de farmácias de Belo Horizonte começam a reabastecer os estoques de hidroxicloroquina e cloroquina enquanto a demanda ainda é pequena. O medicamento é usado no tratamento de malária e artriteDepois que o presidente Jair Bolsonaro, mais uma vez, defendeu nas redes sociais e em pronunciamento na TV, o uso da composição no tratamento para pacientes do coronavírus, os estabelecimentos já esperam aumento na procura do medicamento nos próximos dias. 

A droga começou a faltar nas prateleiras das farmácias de todo o Brasil depois que pesquisas nos Estados Unidos, na China e na França apontaram que a composição apresentou bons resultados contra a COVID-19. 

Há 20 dias, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) enquadrou os medicamentos no grupo de controle especial, com exigência de receita de 30 dias e venda e seis caixas (180 compromidos), no máximo. A medida surgiu para que as farmácias fizessem um estoque para pacientes de outras doenças e para que o remédios deixassem de serem adquiridos sem necessidade ou sem informação.

“Não foi nada comentado ou cientificamente provado que a cloroquina fizesse efeito empacientes do coronavírus. Mas a própria Anvisa está restringindo o uso desses medicamentos para que as pessoas possam tomá-lo da forma certa”, ressalta  farmacêutica Cláudia Ramos,que trabalha numa importante rede de farmácias de Belo Horizonte. Coincidentemente, o estabelecimento havia recebido nessa quatra-feira uma grande remessa do remédios. 

Em outra farmácia, o medicamento estava em falta, com promessa de reabastecer o estoque
nos próximos dias. Na visão do gerente Deivison da Silva, os laboratórios estavam com dificuldade para atender ao mercado há poucos dias: “Consegui com muito custo para um cliente uma caixa, mas foi um sofrimento. Os distribuidores não estavam tendo o medicamento.O laboratório produz de acordo com a demanda no mercado. Se existe uma procura, automaticamente ela foge do controle do laboratório. Pegou de surpresa”.

A hidroxicloroquina e a cloroquina podem ser encontradas na capital por preços que variam de R$ 82,50 a R$ 89,30. Já o genérico custa de R$ 55 a R$ 59,80 no mercado. 

Contraindicação 


O medicamento é contraindicado em pacientes com lesões na retina ocular pré-existentes.“É um medicamento que aumenta a prescrição médica. Antes, era liberado e causava efeitos adversos, como cegueira”, afirma o farmacêutico Matheus Ribeiro, que disse que o estoque do remédio foi renovado há vários dias.

No Brasil, não existem muitos fabricantes de cloroquina e hidroxicloroquina. De acordo com a Anvisa, os laboratórios licenciados a produzir a cloroquina são a Cristália Indústria Farmacêutica, o Laboratório do Exército Brasileiro e a Fiocruz. Já a hidroxicloroquina é produzida pelas empresas Sanofi Farmacêutica, EMS, APSEN e Medley.

No mês passado,o governo de Minas recolheu de várias farmácias a hidroxicloroquina, cumprindo um decreto emitido pelo governador Romeu Zema (Novo), que autorizou a retirada de itens essenciais no tratamento de coronavírus. Aintenção era justamente controlar o uso dos medicamentos, garantindo tratamentos aos pacientes de lupus, e também já pensando na possibilidade de usá-los nos hospitais para os casos de COVID-19.

Aumento da procura e doação


O Laboratório Apsen diz que já há maior demanda. "Em março, registramos aumento na procura pelo Reunquinol. A empresa tem monitorado de perto esse movimento e vem colaborando com autoridades de saúde pública, inclusive está disposta a fazer doações para o tratamento
da COVID-19”, afirmou em nota.

Segundo o laboratório, seu parque industrial tem capacidade de quadruplicar a produção. “É importante frisar que a fabricação depende de matéria-prima importada. Em esforço junto ao governo indiano, estamos negociando a disponibilização dos insumos que já haviam sido negociados antes da proibição e esperamos receber os produtos o mais breve possível”,afirmou.

Sobre os estoques de Reuquinol,o Apsen informou que mantém contato com o Ministério da Saúde e demais órgãos para informação periódicas sobre a fabricação do medicamento.

O que é o coronavírus?

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.



Como a COVID-19 é transmitida?

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia


Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o coronavírus é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:

Especial: Tudo sobre o coronavírus 

Coronavírus: o que fazer com roupas, acessórios e sapatos ao voltar para casa

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