(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

País tem 486 mortos e 11.130 infectados

Ministério da Saúde revela que foram 54 óbitos e 852 contaminados nas últimas 24 horas. Taxa de mortalidade da doença sobe para 4,4%


postado em 06/04/2020 04:00 / atualizado em 05/04/2020 22:34

Hospital que realizou primeiro diagnóstico do novo coronavírus no país registrou ontem a primeira morte pela doença de um paciente internado (foto: MIGUEL SCHINCARIOL/AFP %u2013 27/9/19)
Hospital que realizou primeiro diagnóstico do novo coronavírus no país registrou ontem a primeira morte pela doença de um paciente internado (foto: MIGUEL SCHINCARIOL/AFP %u2013 27/9/19)

Augusto Fernandes e Victória Olímpio

Brasília – O Brasil chegou à marca de 486 pessoas mortas pelo novo coronavírus ontem, segundo levantamento apresentado pelo Ministério da Saúde. Nas últimas 24 horas, de acordo com a pasta, mais 54 óbitos foram registrados no país, o que fez a taxa de letalidade subir de 4,2% para 4,4%. Ou seja, a cada 100 contaminados pelo menos quatro morrem. Além disso, passados 39 dias desde a confirmação do primeiro caso da COVID-19 no Brasil, o ministério contabilizou mais 852 brasileiros infectados pelo vírus SARS-CoV-2. Dessa forma, o total de casos confirmados da doença no país chegou a 11.130.
 
Epicentro da COVID-19 no Brasil, São Paulo é o estado com as estatísticas mais alarmantes: já são 4.620 pessoas diagnosticadas com a enfermidade e 275 mortes provocadas pelo novo coronavírus, o correspondente a aproximadamente 56,6% da quantidade de casos fatais por COVID-19 no país.
 
Na região Sudeste, o Ministério da Saúde já confirmou 6.678 casos de infecção pelo novo coronavírus, além de 351 mortes. O Espírito Santo tem 166 ocorrências de COVID-19 e 6 mortes. Em Minas Gerais são 498 infectados e 6 mortos. Já o Rio de Janeiro conta com 1.394 pessoas infectadas e 64 óbitos.
 
Segunda região com a maior quantidade de casos confirmados, o Nordeste já registra ao menos 1.880 ocorrências da doença e 78 mortos. Na sequência aparece a região Sul, com 1.213 pessoas infectadas e 26 casos fatais. No Centro-Oeste, de acordo com os números do Ministério da Saúde, são pelo menos 708 casos confirmados e 12 mortes. Desses números, a maioria está concentrada no Distrito Federal, que tem ao mínimo 468 pessoas diagnosticadas com COVID-19 e sete mortos pela doença.
 
Por fim, a região Norte tem 651 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus e 19 óbitos registrados. Apenas os Estados do Acre e Tocantins seguem sem registros de óbitos até o momento. O Ministério da Saúde tem evitado fazer projeções públicas sobre quantas pessoas já devem estar contaminadas pelo novo coronavírus tampouco divulga cenários sobre o número de pessoas que poderão ser contaminadas ou morrerem pela doença. É sabido, porém, que as pesquisas apontam um grau de subnotificações de oito, nove vezes para cada caso oficialmente divulgado.
 
 Na semana passada o secretáro, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, disse que o governo federal tinha a expectativa de que os números não ultrapassassem a marca de 100 mil contaminações do país e que o governo “fará de tudo para que isso não ocorra”. Em São Paulo, porém, estado que centraliza cerca de 40% dos casos de todo o Brasil, o cenário traçado é extremamente crítico. O governo de São Paulo projeta 220 mil casos do novo coronavírus nos próximos meses. Para tentar enfrentar a pandemia, o governo estadual prepara um pedido de empréstimo de US$ 100 milhões (mais de R$ 500 milhões) ao Banco Mundial.
 
O eixo principal do projeto é a instalação e custeio de pelo menos 500 novos leitos de UTI. A ideia é usar o recurso também para compra de testes de diagnóstico, além de desenvolvimento de tecnologia de telemedicina e de aplicativos para dispositivos móveis. No sábado, boletim divulgado pelo Ministério da Saúde mostrou que os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas e o Distrito Federal caminham rapidamente para uma situação alarmante de novos casos de coronavírus, um cenário que o próprio ministério admite não ser capaz de prever.
 
Gabbardo disse que esses estados vivem uma transição de fase em relação às contaminações, saindo de uma situação de “epidemia localizada” para uma fase de “aceleração descontrolada”. Questionado sobre o que isso significa, na prática, Gabbardo disse: “Teremos essas situações nesses locais, em que não conseguimos prever a dimensão das contaminações. É isso o que essa fase significa”, comentou.

Técnica de enfermagem de campanha morre

Foi confirmada pela Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) a terceira morte no estado de Goiás pelo novo coronavírus (COVID-19). De acordo com uma publicação feita pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), a vítima de 38 anos é uma técnica de enfermagem e laboratório do Hospital do Coração de Goiânia.
 
A mulher é uma dos profissionais de saúde da Ahpaceg que participou da campanha pedindo para as pessoas ficarem em casa durante a pandemia do novo coronavírus. “Adelita fez campanha para que fiquem em casa enquanto milhares de profissionais de diversas áreas, assim como ela, estão na linha de frente em defesa dos goianos. Expostos a riscos, longe de familiares, pensando em ajudar a quem precisa. Cumprindo um juramento de salvar vidas”, escreveu Caiado em uma rede social.
 
“Adelita não tinha qualquer comorbidade e perdeu a vida diante de um vírus que mata, independentemente de idade. Gente, vamos seguir orientações. Fiquem em casa. Pensem e respeitem o próximo. Só vamos vencer este momento se estivermos juntos. Que Deus conforte familiares e amigos", conclui o governador.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)