A administração do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), foi avaliada positivamente por 57% dos consultados em pesquisa realizada de 5 a 9 de março, na capital mineira, sob encomenda da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Foram ouvidas 1 mil pessoas de 18 a 75 anos. A gestão do prefeito foi considerada negativa por 11% dos entrevistados. A margem de erro é de três pontos percentuais.
A enquete ocorreu antes de entrarem em vigor as medidas restritivas ao funcionamento de estabelecimentos comerciais e industriais, devido à pandemia do coronavírus. Desde o primeiro momento, Kalil defendeu o cumprimento das recomendações da Organização Mundial da Saúde, enquanto outros administradores públicos questionam o isolamento social.
Levando-se em conta a margem de erro, o desempenho de Kalil se manteve estável, comparado à pesquisa realizada há 10 meses. Porém, houve melhora em relação à enquete realizada em janeiro, quando ele foi aprovado por 48% dos entrevistados.
Por outro lado, os que consideram a administração regular caiu nove pontos percentuais. No início do ano, Belo Horizonte foi castigada por fortes temporais, que atingiram bairros nobres e a periferia. Na época, a administração Kalil foi alvo de críticas.
ELEIÇÕES O prefeito lidera a pesquisa referente às eleições municipais de outubro. No levantamento espontâneo, ele tem 25% das preferências. O outro citado, Mauro Tramonte (Republicanos), aparece com apenas 1%, enquanto 58% dos entrevistados não souberam responder.
Na pesquisa estimulada, Kalil tem 44%, contra 22% de Tramonte, deputado estadual e apresentador de TV. O ex-prefeito Patrus Ananias (PT) aparece com 3%, enquanto o deputado estadual João Vítor Xavier (Cidadania) e os deputados federais Áurea Carolina (PSOL) e Eros Biondini (PROS ) têm 2%, cada.
Kalil é preferido em todas as faixas etárias. Porém, perde fôlego em relação a Tramonte entre os mais jovens (36% a 30%) e entre os menos escolarizados (42% a 27%, considerando-se quem tem até o ensino fundamental).
O mesmo ocorre quando se analisa a renda: ele tem 38% da preferência de quem ganha até três salários mínimos e 48% de quem recebe mais de 10 vezes o piso por mês, contra 32% e 11% de Tramonte, respectivamente.
No cenário sem Tramonte, Patrus Ananias e Áurea Carolina, mas com o ex-prefeito Márcio Lacerda, a vantagem de Kalil é maior, chegando a 55% das preferências. Lacerda, que administrou a capital de 2009 a 2016, tem 3%, mesmo patamar alcançado por João Vítor Xavier.
BOLSONARO Realizado pela Quaest Consultoria e Pesquisa, o levantamento também ouviu a população belo-horizontina sobre o desempenho do governador de Minas e do presidente da República. Romeu Zema é avaliado positivamente por 42% dos entrevistados, quatro pontos percentuais a menos em relação a janeiro e oito pontos a menos do que em maio de 2019.
A reprovação da gestão do governador aumentou de 30% para 37%. O governo Zema foi considerado regular por 16%, mesmo índice da enquete anterior.
A aprovação do presidente Jair Bolsonaro aumentou oito pontos percentuais desde janeiro, chegando agora a 36%. A administração dele foi reprovada por 39% dos consultados.
Bolsonaro é melhor avaliado entre os adultos (de 30 a 59 anos), com 42% de aprovação. A rejeição é maior na faixa de 18 e 29 anos – 46% dos consultados avaliaram negativamente a gestão do presidente.