O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) viu na manhã desta segunda-feira (23) sua plateia de apoiadores reduzida drasticamente. Em vez de dezenas ou até mesmo centenas de adeptos, como em algumas ocasiões, apenas um casal o esperava na portaria do Palácio da Alvorada, em Brasília.
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O humor do presidente, no entanto, se alterou, ficando muito irritado, diante da primeira pergunta dos jornalistas.
Foi perguntado a ele sobre pesquisa Datafolha revelando que a popularidade do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, é hoje maior que a do presidente da República. "Às favas", reagiu o presidente, para em seguida dizer que deveriam "fazer (jornalistas) perguntas mais inteligentes".
Saiam do Alvorada
Para Bolsonaro, a pergunta sobre popularidade é "impatriótica" e "infame'' e que lança a imprensa no ''descrédito". "Se estou agredindo a imprensa, saim do Alvorada", disse Bolsonaro.
Exterminadores de empregos
Bolsonaro também reiterou hoje que governadores -, com as medidas adotadas nos respectivos estados para restringir a circulação das pessoas-, podem ser considerados ''exterminadores de empregos". Ele deu a declaração também a uma rede de televisão, na noite desse domingo (22).
"Não temos como minimizar os efeitos do coronavírus. A dose do remédio (medidas protetivas dos governadores) pode ser excessiva, com efeitos colaterais mais danosos que o coronavírus", disse o presidente.
Segundo Bolsonaro, principalmente os trabalhadores, hoje na informalidade, não têm como sobreviver mais do que 3 a 4 dias, se colocados em isolamento social.
IBGE
De acordo com o IBGE, em torno de 41% da população economicamente ativa, algo na casa dos 39 milhões de trabalhadores, se encontram na informalidade, ou seja, sem qualquer rede de proteção, FGTS, INSS, dentre outros diretos garatindos pela CLT.