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Estado de Minas POLÍTICA

Deputado mineiro critica Doria e compara paulistas a gafanhotos: 'Chega e não sai, devasta'

Coronel Sandro (PSL) é favorável ao reajuste escalonado de 41,7% a servidores da segurança de Minas, criticado por João Doria (PSDB)


postado em 03/03/2020 16:50 / atualizado em 03/03/2020 17:06

Coronel Sandro se mostrou inconformado com críticas do governador de São Paulo(foto: Sarah Torres/Assembleia Legislativa de Minas Gerais)
Coronel Sandro se mostrou inconformado com críticas do governador de São Paulo (foto: Sarah Torres/Assembleia Legislativa de Minas Gerais)
A crítica do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), sobre a decisão do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), propor um reajuste escalonado de 41,7% para os servidores da segurança pública não foi bem aceita na Assembleia Legislativa mineira. O deputado estadual Coronel Sandro (PSL), favorável à recomposição, não poupou o tucano de críticas e chegou a comparar paulistas a gafanhotos.
 
“Chegou-se a um ponto de que um paulista, sei lá se ele nasceu em São Paulo, mas é governador de São Paulo... o governador (João) Doria dando palpite nas coisas de Minas Gerais. Governador Doria, nós sabemos o que são os paulistas. Em 1720, quando foi criada a capitania de Minas Gerais, desmembrada de São Paulo, nós tivemos que botar vocês para fora de Minas Gerais a pontapé, porque paulista é igual gafanhoto: chega e não sai, devasta. Então, governador de São Paulo, cuide do seu estado, da sua polícia, e das bobagens que o senhor fica falando aí para a imprensa”, disse Sandro, na Assembleia, durante reunião ordinária na tarde desta terça-feira.
 
Nessa segunda-feira, durante um encontro de empresários em Belo Horizonte, capital mineira, Doria se mostrou contrário ao projeto proposta por Zema. “Ao meu ver, é uma decisão que precisa ser revista. Não é boa para Minas Gerais, que não tem condições fiscais para isso. Não quero interferir nos temas de Minas, mas minha percepção é que não é boa, porque é inviável. Um estado que tem problemas fiscais graves não pode conceder um aumento como esse, por mais legítimo, necessário, positivo e justo que seja. Estabelece um conceito de que, se Minas com dificuldade financeira pode fazer, por que outros estados não podem?”. 
 
Em 18 de fevereiro deste ano, o projeto de lei que prevê aumento para os servidores da segurança pública de Minas foi aprovado em segundo turno na Assembleia mineira. O reajuste contido no projeto é escalonado até 2022, com aumento total de 41,7% para policiais, bombeiros e outros servidores da segurança. O texto, entretanto, ainda não foi sancionado por Zema, autor da matéria.
 
O Partido Novo, do governador mineiro, entrou com uma Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) no Supremo Tribunal Federal (STF) na última quarta-feira. A legenda pede que os governos estaduais sejam obrigados a incluir despesas com servidores inativos e aposentados na folha de pessoal. Isso poderia fazer com que Zema vetasse o projeto, pois os gastos com o funcionalismo em Minas Gerais extrapolariam os limites previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Sandro, porém, está confiante na sanção por parte do governador. 
 
“Não há, acredito, não há motivo para acreditar que o governador Romeu Zema não vá sancionar o projeto original. Mesmo porque ele é fruto de um acordo, mesmo porque o governador tem palavra, e em política não se escreve. O homem tem que honrar a palavra dele, e ele, através da sua assessoria, dos seus secretários, nos deu a sua palavra, e palavra de homem tem que ser mantida”, disse o deputado. Zema tem até 15 de março deste ano para sancionar ou vetar o projeto de lei.


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