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Igreja nega apoio pedido por pastor


postado em 30/01/2020 04:00

Após um pastor presbiteriano em Londrina (PR) abrir a igreja para coletar assinaturas em prol da criação do partido do presidente Jair Bolsonaro, a cúpula da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) divulgou nota sinalizando contrariedade à articulação. O reverendo Emerson Patriota “desafiou” membros da Igreja Presbiteriana Central, no Norte do Paraná, a assinarem a lista de apoio à criação do Aliança pelo Brasil. O movimento foi organizado pelo deputado Filipe Barros (PSL-PR), aliado de Bolsonaro e membro da instituição.

Em nota, a Igreja Presbiteriana do Brasil informou que a instituição “não é apolítica” e tem um compromisso histórico com a democracia, mas afirmou que “em nenhum momento apresentou ou apresenta apoio a qualquer partido político.” Após o movimento de Londrina, a instituição foi pressionada para se posicionar oficialmente. Nos bastidores, a atitude do pastor no Paraná incomodou a cúpula da igreja.

“Em resolução de sua reunião ordinária em 1990, o Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil orienta seus concílios em geral que evitem apoio ostensivo a partidos políticos e que as igrejas não cedam seus templos ou locais de culto a Deus para debates ou apresentações de cunho político”, diz a nota. A cúpula da igreja também relatou que a opinião pessoal de membros ou pastores não refletem o posicional oficial da instituição.


Pregação


Entre louvores e orações, fiéis da Igreja Presbiteriana Central de Londrina, no Paraná, foram "desafiados" no domingo passado a assinarem uma ficha de apoio à criação do Aliança pelo Brasil. O reverendo Emerson Patriota pediu, do púlpito, para os integrantes da congregação colocarem seus nomes na lista que será entregue à Justiça Eleitoral. Representantes de um cartório da cidade estavam lá para reconhecer as assinaturas. No estacionamento, havia um ônibus estampado com a marca do Aliança e fotos de Bolsonaro e do deputado Filipe Barros (PSL-PR).

Aliado do presidente e seguidor da igreja, o parlamentar foi responsável por articular a campanha de coleta de apoio no local. Para tirar o Aliança do papel, Bolsonaro precisa de aproximadamente 492 mil assinaturas em apoio à criação da legenda. O processo precisa ser validado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Aliados do presidente apostam em igrejas evangélicas, entidades de classe de policiais militares, Exército e bombeiros para viabilizar o Aliança. O partido precisa ser homologado até 4 de abril se quiser participar das eleições deste ano. Articuladores admitem que a sigla pode não ser formalizada a tempo. Segundo Barros, “centenas” de pessoas assinaram a lista no domingo.

Cartório no templo


Durante o culto no fim de semana, enquanto dava avisos sobre as atividades da igreja, o pastor anunciou a presença dos funcionários do cartório no templo. “Nós estamos desafiando todos a passarem lá, conhecerem o estatuto, os valores (do Aliança)”, afirmou o reverendo. “Disseram que é mais difícil entrar nesse partido do que em algumas igrejas por aí. Tem que ter mais vida idônea do que algumas igrejas exigem. Isso é muito bom porque tem valores familiares.” Barros disse que outras instituições religiosas estão se mobilizando para reunir as assinaturas. Segundo ele, o ônibus, apelidado de "Busão do Aliança" e bancado por apoiadores, tem circulado pelo interior do Paraná.
 


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