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Estado de Minas GOVERNO

Alta de imposto descartada

Jair Bolsonaro desautoriza o ministro da Economia, Paulo Guedes, que afirmou em Davos, na Suíça, estar estudando aumento de alíquota sobre bebidas alcoólicas, cigarros e doces


postado em 25/01/2020 04:00 / atualizado em 25/01/2020 09:45

''Lançar a ideia não faz mal nenhum. É balão de ensaio que está jogado aí, não mata ninguém isso daí. Não vamos ver chifre em cabeça de cavalo'' - Hamilton Mourão, presidente da República, em exercício (foto: MARCELO FERREIRA/CB/D.A. PRESS)
''Lançar a ideia não faz mal nenhum. É balão de ensaio que está jogado aí, não mata ninguém isso daí. Não vamos ver chifre em cabeça de cavalo'' - Hamilton Mourão, presidente da República, em exercício (foto: MARCELO FERREIRA/CB/D.A. PRESS)
Brasília – Não haverá aumento de impostos sobre bebidas alcoólicas, cigarros e doces, afirmou ontem o presidente Jair Bolsonaro, desmentindo informação dada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, na quinta-feira, em Davos, na Suíça, onde ele participa do Fórum Econômico Mundial. "Paulo Guedes, desculpa, você é meu ministro, te sigo 99%, mas aumento de imposto para cerveja, não", afirmou Bolsonaro ao desembarcar em Nova Délhi, na Índia. "Não teremos qualquer majoração de carga tributária. Houve também um ruído muito forte de que estaríamos criando dois pedágios. Zero a possibilidade disso", completou.

Em Davos, Guedes falou na possível nova taxação do imposto sobre "pecados", em referência a alimentos processados com açúcar, álcool e cigarro, e que na volta ao Brasil discutiria o assunto. "Estou doido para elevar o imposto do açúcar. Pedi para simular tudo", disse o ministro. O ministro afirmou também que o sistema tributário de vários países prevê a cobrança do "imposto do pecado" para diminuir o consumo de cigarros, álcool e produtos com açúcar. Apesar da justificativa, Guedes afirmou que a alíquota não estava definida. Com a declaração de Bolsonaro, o ministro deverá recuar em sua proposta de aumentar a tributação desses produtos.

O presidente da República em exercício, general Hamilton Mourão, afirmou que Jair Bolsonaro é o "único decisor" do governo, ao ser questionado sobre as declarações de Guedes. "O ministro Guedes está fora do Brasil (em Davos), lançou uma ideia, imediatamente rebatida pelo presidente. Vamos lembrar, todos os ministros podem lançar as ideias que eles quiserem. Agora, só tem um 'decisor', se chama Jair Bolsonaro. É o que tem mandato do povo para decidir", disse Mourão.

Ele também minimizou um eventual mal-estar pelo fato de Bolsonaro ter contrariado Guedes publicamente. Segundo ele, a ideia do ministro da Economia foi um "balão de ensaio". "Lançar a ideia não faz mal nenhum. É balão de ensaio que está jogado aí, não mata ninguém isso daí. Não vamos ver chifre em cabeça de cavalo nisso aí", declarou Mourão.

Assim que chegou à Índia, ontem, Bolsonaro descartou a possibilidade do novo imposto. "Ô Paulo Guedes, eu te sigo 99%, mas aumento no preço da cerveja, não", disse Bolsonaro, que ainda afirmou que a orientação do governo é de não ter "qualquer majoração de carga tributária". No início da coletiva de imprensa, Mourão brincou que sexta-feira é o "dia da cerveja". Em outro momento, falou, rindo, que seria "lamentável" tributar a bebida.
 



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