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Estado de Minas

Edital de prêmio suspenso e o 'noivado' confirmado

Secretaria Especial da Cultura barra edital de R$ 20 milhões para premiar as artes e adjunto é exonerado. Convidada para o cargo, Regina Duarte almoça com presidente


postado em 23/01/2020 04:00 / atualizado em 23/01/2020 07:32

Jair Bolsonaro e Regina Duarte se reuniram ontem e disseram que o compromisso pré-casamento dela com o governo continua(foto: Caroline Antunes/PR)
Jair Bolsonaro e Regina Duarte se reuniram ontem e disseram que o compromisso pré-casamento dela com o governo continua (foto: Caroline Antunes/PR)

Brasília – A Secretaria Especial da Cultura informou, ontem a suspensão do edital de R$ 20 milhões do Prêmio Nacional das Artes, que havia sido anunciado pelo ex-secretário Roberto Alvim antes de ele ser demitido do cargo. Segundo a secretaria, a decisão foi tomada por ordem do governo. A secretaria informou que o edital do prêmio não chegou a ser publicado no Diário Oficial da União (DOU) e que o substituto de Alvim decidirá se o mesmo será lançado de fato. “Caberá ao novo secretário reavaliar a continuidade do prêmio” disse a assessoria da pasta.
 
A secretaria informou ainda que seria publicada no DOU a exoneração do secretário-adjunto, José Paulo Soares Martins. O órgão não revelou o motivo da medida. José Paulo Soares Martins, que estava na secretaria desde junho de 2016, assumiu o comando da pasta após a demissão, na semana passada, do dramaturgo Roberto Alvim, que foi exonerado na sexta-feira, após a repercussão do vídeo em que anunciou o Prêmio Nacional das Artes. Na gravação, publicada em sua conta no Twitter, ele parafraseou o ideólogo e ministro da Propaganda e Cultura nazista Joseph Goebbels.
 
A forte repercussão negativa do vídeo levou o presidente Jair Bolsonaro a demitir Alvim e logo em seguida anunciar o convite à atriz Regina Duarte para ocupar o cargo. Ontem, a atriz da Rede Globo almoçou com Bolsonaro, no Palácio do Planalto.  Segundo a assessoria da Presidência da República, a possibilidade de Regina Duarte assumir o cargo ainda está sendo debatida. Após almoçar com Bolsonaro, a atriz também se reuniu com os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral) e Marcelo Álvaro Antônio (Turismo) para conversar sobre a estrutura da pasta, que é vinculada ao ministério.
 
“A atriz Regina Duarte esteve no Palácio do Planalto, onde almoçou com o presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, foi debatida a possibilidade de a atriz assumir a Secretaria Especial da Cultura. Em seguida, Regina participou de reunião com ministro Luiz Eduardo Ramos, ministro Jorge Oliveira e ministro Marcelo Álvaro Antônio sobre estrutura da Secretaria”, informou o Planalto, em postagens no Twitter. Em seguida, ela se deslocou para a sede da Secretaria Especial da Cultura, na Esplanada dos Ministérios, onde daria continuidade à agenda de reuniões.

Redes sociais A conta oficial do Planalto ainda postou uma foto bem-humorada de Regina Duarte ao lado do presidente Jair Bolsonaro. Já no Instagram, onde postou a mesma foto, o presidente escreveu que “o noivado continua”. Mãe de três filhos e avó de seis netos, Regina Duarte nasceu em 5 de fevereiro de 1947 e trabalha como atriz há 54 anos, sendo um dos rostos mais conhecidos da televisão brasileira. Ontem, em Brasília, ela deixou claro que a decisão sobre o “casamento” não seria anunciada ontem. “Hoje não, pera aí. Noivado é noivado. Vamos com tempo”, declarou.
 
Regina chegou a Brasília com a intenção de não ser vista. A equipe do Palácio do Planalto montou um esquema para que ela saísse do aeroporto por uma área alternativa, usada apenas por funcionários. Antes, a assessoria de imprensa já havia afirmado que não divulgaria a agenda da atriz e que ela não tinha intenção de dar entrevistas.
 
Apesar disso, ela conversou rapidamente com jornalistas que a abordaram antes de entrar no carro, na saída do aeroporto. Questionada se a secretaria pode virar ministério, ela respondeu que não sabe, mas que considera melhor discutir o assunto em outro momento. “Não sei, mas não acho importante falar disso neste momento.” Ela também afirmou sobre o que pode fazer ela decidir assumir e Cultura é “complicada”. Além disso, declarou que há "uma porção de coisas" para melhorar na área.

Presidente é aprovado por 47,8%

Simone Kafruni

A avaliação do governo Jair Bolsonaro é considerada ótima e boa para 34,5%, regular para 32,1% e ruim ou péssima para 31%, segundo a 145ª Pesquisa CNT de Opinião, realizada de 15 a 18 de janeiro de 2020, em parceria com o Instituto MDA, com 2.002 entrevistas presenciais em 137 municípios de 25 unidades da Federação. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. O desempenho pessoal do presidente foi aprovado por 47,8% e desaprovado por 47%, sendo que 5,2% não quiseram opinar.
 
Entre as áreas com pior desempenho no governo estão saúde, com 36,1%, educação (22,9%) e meio ambiente (18,5%). Os setores avaliados com melhor desempenho são combate à corrupção (30,1%), economia (22,1%) e segurança (22%). Os dados foram divulgados ontem pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).
 
A expectativa para os próximos seis meses é de que o emprego vai melhorar para 43,2%, piorar para 18,9% e ficar igual para 35,4%. A renda mensal vai aumentar para 34,3%, diminuir para 11% e ficar igual para 51,8%. A saúde vai melhorar para 30,5%, piorar para 24,8% e ficar igual para 42,6%. A educação vai melhorar para 36%, piorar para 21,4% e ficar igual para 40,5%. A segurança pública vai melhorar para 37,9%, piorar para 22% e ficar igual para 38%.
 
Os resultados da pesquisa da CNT, realizada após o primeiro ano de mandato do presidente Jair Bolsonaro, mostram melhora na avaliação do governo e na sua aprovação pessoal. “A percepção está mudando porque houve criação de 1 milhão de novos empregos formais. Além disso tem ainda os informais, que também aumentaram”, disse o presidente da CNT, Vander Costa. O diretor-executivo da entidade, Bruno Batista, acrescentou que os juros baixos também colaboraram para a boa percepção da economia.
 
A pesquisa apontou que houve aumento da aprovação em todos os estratos socioeconômicos: sexo, idade, renda, escolaridade, região, porte do município e religião. “Na nossa análise, o que ficou evidente é uma tendência de mudança. Porém, nada está definido. Para poder falar que vai continuar assim daqui pra frente, é preciso fazer mais pesquisas”, ressaltou Costa.
 
Se as eleições presidenciais fossem hoje as intenções de voto seriam lideradas pelo presidente Jair Bolsonaro, com 29,1%. O ex-presidente Lula teria 17% das intenções, Ciro Gomes 3,5%, e Sergio Moro 2,4%. Fernando Haddad teria 2,3%. Outros 5%, brancos e nulos 10,5% e indecisos 30,2%.
A avaliação do Congresso Nacional mostra que apenas 9,9% consideraram positiva a atuação de deputados e senadores; para 36,9% foi regular; para 41,2% foi negativa; 12% não opinaram ou não responderam. A atuação do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), durante 2019 foi considerada positiva para 11,3%, regular para 28,2% e ruim ou péssima para 33,6%. Dos entrevistados, 12,3% disseram não conhecer Maia e 14,6% não souberam opinar ou não responderam.



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