O presidente Jair Bolsonaro suspendeu a nomeação do jornalista Sérgio Nascimento de Camargo para a presidência da Fundação Cultural Palmares. O ato de suspensão da nomeação de Camargo, feita em 27 de novembro, está publicado em uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU) com data dessa quarta-feira, 11. Segundo a publicação, a suspensão ocorre "em estrito cumprimento à decisão proferida pelo Juízo da 18ª Vara Federal da Seção Judiciária do Ceará no âmbito da Ação Popular nº 0802019-41.2019.4.05.8103/CE".
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AGU recorre da suspensão do presidente da Fundação PalmaresJustiça suspende nomeação de novo presidente da Fundação Palmares''Tenho vergonha de ser irmão desse capitão do mato'', diz Wadico Camargo sobre presidente da Fundação PalmaresPresidente da Fundação Palmares demite funcionários negros por telefone STJ autoriza nomeação de Sérgio Camargo para a Fundação PalmaresPlanalto: 'Bolsonaro retirou lesões causadas por exposição ao sol'Fundação Palmares: secretaria aponta que Sérgio Camargo pode voltar ao cargoEntre as afirmações polêmicas, Camargo disse nas redes sociais que a escravidão foi benéfica e que o Brasil tem um "racismo nutella". Ele se posicionou ainda contra o Dia da Consciência Negra e chegou a dizer que não daria "suporte algum" à data comemorativa.
"Claro que tem de acabar o Dia da Consciência Negra, uma data na qual a esquerda se apropriou para propagar vitimismo e ressentimento racial. Não é uma data do negro brasileiro. É uma data de minorias empoderadas pela esquerda, que propagam ódio, ressentimento e divisão racial", disse Camargo na última terça-feira, 10.
Elogios
Ainda nesta quarta, o presidente Bolsonaro chegou a elogiar o jornalista de "excelente" em conversa com a imprensa na porta do Palácio da Alvorada. "Não vou entrar em detalhes que vocês deturpam tudo. Não tem essa história de branco, negro, todo mundo é igual. Ponto final", declarou o presidente.
Iphan
Em outro ato também publicado em edição extra do Diário Oficial da União desta quarta, o governo está tornando sem efeito a nomeação de Luciana Rocha Feres para a presidência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A nomeação tinha sido feita na quarta mesmo pela manhã, na edição normal do DOU, quando a então presidente do Iphan, Kátia Santos Bogéa, foi exonerada do cargo. O governo não fez nenhuma nova nomeação para o posto e a Secretaria Especial da Cultura não quer comentar o assunto.