Jornal Estado de Minas

Créditos do nióbio

Zema responderá ao MP de Contas

Questionado pelo Ministério Público de Contas sobre a legalidade da operação que antecipa os créditos do nióbio, o governador Romeu Zema (Novo) afirmou que prestará esclarecimentos para viabilizar o negócio que pode garantir o pagamento do 13º salário dos servidores. “Fui informado que o MP notificou o estado e vamos mostrar a importância dessa operação para o funcionalismo público mineiro. É uma operação tão transparente que estou otimista que não vamos ter nenhum revés. Vai para a bolsa de valores, vai ser ofertada e já temos mais de 30 interessados”, disse o governador.



O Tribunal de Contas do Estado (TCE) analisa pedido do MP de Contas para suspender a operação do nióbio. De acordo com procuradores do órgão, qualquer operação que pretenda ceder direitos creditórios de titularidade do estado relacionados à Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) ou recebíveis do nióbio deve ser suspensa até que seja verificada como será feita a gestão dos recursos públicos e que todos os dados sejam apresentados ao TCE.

Durante apresentação de um balanço de seu primeiro ano à frente do Palácio Tiradentes, Zema explicou que ainda não é possível falar em data para o pagamento do 13º salário, mas que trabalha para quitar o benefício ainda este ano. “Não posso falar de data. É algo imponderável, que não está em nossa gestão. A bolsa pode falar amanhã que não dá para fazer no dia tal e vamos ter que nos sujeitar”, disse o governador.

Ele lembrou os problemas deixados pela administração de Fernando Pimentel (PT) e afirmou que em seu primeiro ano de governo já pagou uma folha de 13º para os servidores. “Encontramos o estado quebrado, com R$ 34 bilhões de rombo e R$ 28 bilhões em restos a pagar. Com as prefeituras quebradas. Funcionalismo sem saber o dia que ia receber. Sem receber o 13º salário. Meu governo já pagou um 13º salário, inclusive antecipado. Estamos pagando agora para cobrir o rombo do governo passado. Mas não estamos dizendo com isso que não assumiremos a responsabilidade deste ano”, explicou. Segundo o governador, é natural que o Poder Legislativo tenha maior protagonismo no Brasil e em Minas Gerais no atual cenário político.