O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, 9, que está analisando a "lista de convidados" para a cerimônia de posse do novo presidente argentino Alberto Fernández. Ele fez a afirmação ao justificar a desistência de enviar nome do primeiro escalão do governo brasileiro à cerimônia no país vizinho e parceiro comercial.
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Carlos Bolsonaro volta ao Twitter após período 'sabático' nas redesMelhora da economia interrompe perda de popularidade de Bolsonaro, diz DatafolhaBolsonaro pede revogação de medida que excluiu atividades de MEIBolsonaro decide enviar Mourão à Argentina, para a posse de FernándezO Brasil não deixa de enviar um representante do primeiro escalão à posse argentina desde 2003. "O nosso comércio com a Argentina continua sendo da mesma forma. Sem problema nenhum. Não vai interferir em nada", disse Bolsonaro.
Para a posse de Bolsonaro, em 1º de janeiro de 2019, não foram convidados os presidentes de Cuba e da Venezuela, Nicolás Maduro. As declarações do presidente brasileiro foram feitas em frente ao Palácio da Alvorada. Questionado se poderia recuar e enviar um representante do primeiro escalão, Bolsonaro se irritou e deixou a conversa com os jornalistas.
Segundo o Palácio do Planalto, representará o Brasil na posse, por enquanto, apenas o embaixador em Buenos Aires, Sérgio Danese. No começo de novembro, o Palácio do Planalto informou que o ministro da Cidadania, Osmar Terra (MDB), representaria o Brasil na posse de Fernández.
A Argentina elegeu em 27 de outubro para a Casa Rosada o peronista Fernández. A vice-presidente será Cristina Kirchner. Aliado de Bolsonaro, Macri foi derrotado no primeiro turno.
O presidente brasileiro já havia lamentado o resultado e dito que não cumprimentaria a chapa vencedora. Bolsonaro também ficou incomodado com uma imagem publicada por Fernández, horas antes do resultado, em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que estava preso desde o ano passado, no âmbito da Operação Lava Jato. Lula foi solto em novembro.