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Estado de Minas PRESIDÊNCIA DA CÂMARA

Cunha teria comprado apoio


postado em 19/11/2019 04:00

Brasília - O relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, determinou a abertura de inquérito para investigar a suposta compra de apoio político para a eleição de Eduardo Cunha (MDB-RJ) à presidência da Câmara dos Deputados. Os supostos repasses, de R$ 30 milhões, teriam sido autorizados pelo executivo Joesley Batista, do grupo J&F. O caso ficou parado na Procuradoria-Geral da República (PGR) por mais de um ano, o que levou Fachin a questionar a então procuradora-geral da República Raquel Dodge sobre o andamento da apuração.

O inquérito foi instaurado com base na delação premiada do ex-diretor de Relações Institucionais do Grupo J&F Ricardo Saud. Segundo Saud, Cunha teria pedido ajuda do grupo J&F para conseguir angariar votos suficientes para a eleição que definiria o comando da Câmara dos Deputados. Joesley Batista teria ficado responsável por viabilizar o apoio com recursos financeiros, enquanto Saud se envolveria na articulação com as bancadas de Minas e Rio e de alguns líderes.

O nome de Cunha, que foi deputado federal de 2003 a 2016, era visto como a melhor opção para fazer contraponto à então presidente Dilma Rousseff no início do segundo mandato da petista. Segundo Saud, dos R$ 30 milhões solicitados por Cunha e aprovados por Joesley, R$ 13.823.307,09 foram direcionados para a bancada do PMDB de Minas Gerais, a pedido do próprio Cunha. Saud também relatou pagamentos de R$ 5,964 milhões com a emissão de notas fiscais "frias" de serviços simulados de escritórios de advocacia.

"Esse cenário probatório, ao menos tal qual delineado atualmente, aponta para a prática, pelos investigados, em concurso de pessoas, dos crimes de corrupção e de lavagem de capitais", escreveu o subprocurador-geral da República, Bonifácio de Andrada, ao pedir a abertura de inquérito a Fachin.

Como o caso está relacionado a um esquema de corrupção e de lavagem de dinheiro levantado pela Operação Capitu, alvo de investigação que já tramita no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), a PGR pediu que parte das apurações seja desmembrada e encaminhada àquele tribunal.


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