Jornal Estado de Minas

Após desentendimento entre presidentes e agressão, clima mais tranquilo é esperado na Câmara de Rio Acima

A cidade de Rio Acima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, vive situação instável politicamente. A última reunião ordinária na Câmara Municipal, realizada em 16 de outubro, precisou ser encerrada mais cedo por conta de um desentendimento entre parlamentares, funcionários da Casa e populares que acompanhavam a sessão. A interrupção da sessão plenária, entretanto, não impediu que houvesse troca de xingamentos (veja no vídeo abaixo, a partir de 19:40) e até agressão. Agora, a expectativa é de um próximo encontro mais tranquilo, mas ainda tenso.

O presidente da Câmara, Flávio Mello (PSL), explicou o ocorrido e acredita em um clima mais sereno no próximo encontro, que acontecerá em 6 de novembro. Segundo o parlamentar, ele recebeu uma denúncia sobre cassação de seu mandato e de mais dois vereadores e não a leu, pois teria recebido os documentos pouco antes do início dos trabalhos. A não leitura, entretanto, desagradou alguns dos presentes.

“Fui surpreendido por algumas denúncias infundadas dizendo que eu não venho cumprindo o regimento. Vejo como retaliação política por parte do vereador Ricardo Vieira (PTC), vice-presidente da Casa, já que eu o denunciei no Ministério Público por desvio de verba indenizatória. Não li as denúncias pois não as recebi no prazo, mas na próxima vai ser lida normalmente, e esperamos que tudo aconteça no clima da diplomacia, sem essas pressões”, explicou Flávio, ao Estado de Minas.

Na reunião, um popular disse que foi agredido por Ricardo e registrou um boletim de ocorrência contra o vereador.
Segundo o documento, depois de o encerramento da sessão, o parlamentar teria dado um tapa na mão do cidadão, a ponto de o aparelho cair no chão e ficar danificado. A polícia foi chamada ao local por Wellington Morgan (PRTB).

O Estado de Minas tentou contato com Ricardo Vieira e com sua assessoria, mas não conseguiu retorno. Por meio de nota, a Câmara se manifestou. A Casa lamentou o ocorrido e disse que acredita “em seu papel maior que é representar e defender os direitos dos cidadãos de Rio Acima”.
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