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Estado de Minas

Novo nome para a vaga nos EUA


postado em 23/10/2019 04:00 / atualizado em 23/10/2019 09:07

Em visita ao Japão, o presidente Jair Bolsonaro disse que caberá ao filho Eduardo decidir se irá para embaixada ou ficará na liderança do PSL (foto: PIERRE EMMANUEL DELETREE/AFP)
Em visita ao Japão, o presidente Jair Bolsonaro disse que caberá ao filho Eduardo decidir se irá para embaixada ou ficará na liderança do PSL (foto: PIERRE EMMANUEL DELETREE/AFP)

Tóquio – O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem que poderá indicar o diplomata Nestor Foster para assumir a embaixada do Brasil em Washington, caso o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) desista do posto. Segundo Bolsonaro, é Eduardo quem vai definir até o fim deste mês se quer ter seu nome submetido à aprovação do Senado ou se ficará na liderança do PSL na Câmara. O presidente falou com a imprensa instantes antes de seguir para a cerimônia de coroação do imperador japonês, Naruhito, em Tóquio.

Há alguns meses, a indicação de Foster para a Embaixada do Brasil nos EUA era dada como certa por integrantes do Itamaraty. Em junho, ele foi promovido ao topo da carreira justamente para poder ocupar o posto. Um mês depois, no entanto, diplomatas foram surpreendidos pela possibilidade de Bolsonaro indicar o filho Eduardo. Embora tenha conseguido a aprovação do governo americano, o presidente enfrenta dificuldades para viabilizar o nome do filho no Senado. A crise no PSL também contribuiu para esfriar ainda mais as chances de Eduardo. Agora, Bolsonaro considera que seria mais estratégico o filho ajudar a "pacificar" o partido e a "catar os cacos" deixados pela crise interna.

'INJUSTIÇADO” O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, disse ontem no Senado que se sente “injustiçado” por ter sido denunciado pelo Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais por crimes envolvendo candidaturas-laranja do PSL no estado em 2018, quando estava à frente do diretório estadual do partido. “Não há nenhuma comprovação que eu tivesse envolvimento ou sequer ciência do que estava ocorrendo no partido, onde, segundo a autoridade policial, há indícios de algumas irregularidades”, afirmou. E acrescentou: “Me sinto injustiçado nesse indiciamento, mas continuo confiando no trabalho da Polícia Federal, do Ministério Público. Continuo confiando na Justiça que vai ser o melhor âmbito para provar minha total inocência nesse caso”.

O ministro deu a declaração na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor na condição de convocado, depois de faltar a uma primeira audiência para a qual havia sido convidado. No início do mês, o Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais denunciou Marcelo Álvaro Antônio e mais 10 pessoas. Segundo a denúncia, foram cometidos os crimes de falsidade ideológica, de apropriação indébita eleitoral e de associação criminosa. Marcelo Álvaro Antônio negou a existência de candidaturas-laranja do PSL em Minas Gerais em 2018. Segundo ele, os candidatos e as candidatas fizeram de fato campanhas políticas. “Realmente, o PSL em Minas Gerais não teve essa prática de candidaturas-laranja”.

A suspeita é de que, nas eleições de 2018, o diretório do PSL em Minas Gerais inscreveu para disputar o pleito mulheres cujas candidaturas seriam uma forma de a legenda receber verbas públicas por meio do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o fundo partidário. Parte deste dinheiro teria sido então desviado para empresas de pessoas ligadas ao diretório estadual do PSL.

Segundo a apuração do Ministério Público, o PSL inscreveu candidatas sem a intenção de que elas fossem, de fato, eleitas. Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabelece que os partidos políticos destinem no mínimo 30% do total de recursos do Fundo Partidário para o financiamento de campanhas de suas candidatas em campanhas eleitorais.

Sobre a prisão do seu assessor especial no ministério, Mateus Von Rondon Martins, e de outros dois ex-assessores, Roberto Soares e Haissander Souza de Paula, que foram assessores do gabinete do ministro quando este foi deputado federal, entre 2015 e 2019, Marcelo Álvaro Antônio disse que o embasamento dos pedidos das prisões foi para que os três não combinassem depoimentos.
 



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