Jornal Estado de Minas

Vereadores prestam queixa à Polícia Civil no meio de sessão que analisa cassação de mandato

A presidente da Câmara, Nely Aquino, relata ameaças contra o filho de 6 anos, que está andando com seguranças - Foto: Jair Amaral/EM/D.A Press
Em meio à sessão que vota a cassação do vereador Cláudio Duarte (PSL), os parlamentares Nely Aquino (PRTB) e Jair di Gregório (PP), presidente e vice-presidente da Casa Legislativa, se reuniram com o Delegado Thiago Pacheco, da 1ª Delegacia de Polícia Civil Leste, para narrar as ameaças sofridas na noite anterior.

Eles também mostraram os vídeos recebidos e informaram que seus filhos de 6 anos (de Nely) e 17 anos (de Jair) foram usados para intimidá-los. Na noite de quarta-feira, vídeos em tom de ameaça foram enviados à Nely e áudios à di Gregório.
Cláudio Duarte acompanha a sessão plenária extraordinária sobre sua cassação - Foto: Jair Amaral/EM/D.A Press
Enquanto o relatório do resultado da comissão que pede a cassação do vereador está sendo lido em plenário, há rumores nos corredores da Câmara de que o vereador Cláudio Duarte pode renunciar ao mandato no meio da sessão, para não correr o risco de perder os direitos políticos.

Autor do relatório que pede a cassação do vereador Duarte pela prática de rachadinha, o vereador Mateus Simões (Novo) pediu que os colegas não tenham medo de votar e tirem o mandato dele.

Segundo ele, as ameaças e um novo pedido de cassação apresentado contra ele próprio seriam parte de uma estratégia para derrubar as denúncias contra todos os vereadores. Simões afirma que isso estaria relacionado ao vereador Wellington Magalhães (DC), contra quem também foi apresentado um pedido de cassação.

Além do processo contra Duarte, uma série de pedidos de cassação vem ocorrendo na Casa Legislativa. Está nas mãos da mesa diretora o encaminhamento dos processos que pedem a perda de mandato dos ex-presidentes Wellington Magalhães e Henrique Braga (PSDB).

Na quarta-feira, também foi pedida a cassação de Mateus Simões (Novo), autor da denúncia contra Magalhães. Nely recebeu, na galeria do plenário principal da Câmara, o apoio de sua base eleitoral, que estava com cartazes desejando “força” à presidente..