Jornal Estado de Minas

"Fazer o mínimo da saúde é fácil, e o resto?", diz Zema ao ser cobrado pela ALMG


Cobrado pela Assembleia Legislativa pelo cumprimento dos investimentos mínimos em saúde em Minas Gerais, o governador Romeu Zema (Novo) indicou na manhã desta quarta-feira (10) que, se aplicar os 12% exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal no setor, pode faltar dinheiro para salários de servidores e repasses às prefeituras. Ao chegar à Assembleia para receber um relatório de cobranças do Legislativo, ele afirmou que a área será priorizada dentro do possível.

Zema disse que o cobertor é curto. “Se atendermos determinadas áreas vamos atrasar ainda mais o salário do funcionalismo, não queremos deixar de fazer repasses para as prefeituras. Estou falando de uma questão aritmética e gostaria muito que a Assembleia e os deputados olhassem todo o contexto. Fazer o mínimo da saúde é fácil, e o resto? Me dê soluções para o resto”, disse.

O governador elogiou as sabatinas feitas para prestação de contas dos secretários no mês passado e disse que elas vão melhorar o processo de seleção da equipe de governo. “Faz com que os secretários parem para pensar se vão conseguir enfrentar uma Assembleia”, disse.



Cobrado também para priorizar a reivindicação dos recursos de compensação da Lei Kandir, antes de apelar para a adesão ao regime de recuperação fiscal do governo federal, Zema colocou os recursos como uma solução temporária. O governador afirmou que o estado se unirá ao Legislativo na cobrança em audiência no Supremo Tribunal Federal sobre o assunto marcada para 5 de agosto. “Será extremamente bem vinda e vamos fazer o possível para receber, mas vamos resolver o problema temporariamente porque temos um deficit estrutural de R$ 15 bilhões que vai continuar aumentando nos próximos anos.Precisamos de reformas estruturais em Minas”, afirmou. .