Jornal Estado de Minas

Deputados aguardam Moro para falar sobre vazamentos de mensagens


O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, é aguardado nesta terça-feira para uma audiência em  quatro comissões conjuntas da Câmara dos Deputados.

O ministro foi convidado pelos parlamentares para explicar troca de mensagens, por meio do aplicativo Telegram, entre ele e o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava-Jato, e ouros procuradores da República.

As mensagens, segundo o site The Intercept Brasil, foram trocadas entre 2015 e 2018 e obtidas a partir da invasão de aparelhos dos procuradores por hackers ainda não identificados.

É a segunda vez que Moro fala a parlamentares sobre os vazamentos das  conversas, que ele atribui ao ''sensacionalismo'' do site, que em parceria com a Folha de S.Paulo e a revista Veja vem divulgando o conteúdo a que teve acessso por meio de fonte não revelada, conforme  faculta liberdade de  imprensa vigente no País.

No último dia 19, Moro foi ao Senado e iria à Câmara no dia 26 passado. Contudo, ele estava em viagem ao Estados Unidos. Como  os deputados o convidaram, em vez de convocá-lo, conforme prerrogativa do Regimento Interno da Casa, o ministro não é obrigado a comparecer.

Deputados fazem fila

Parlamentares da oposição e da base do governo madrugaram na porta do plenário para garantir o nome entre os primeiros a questionar Moro.

O ministro será ouvido por deputados de quatro colegiados: Constituição e Justiça, Trabalho, Direitos Humanos e Fiscalização Financeira e Controle.

O primeiro a chegar foi o Coronel Armando (PSL-SC) que está na fila desde as 8h10, quase seis horas antes do início da audiência, prevista para as 14h.

Entre os oposicionistas, a primeira parlamentar a garantir o seu lugar foi Maria do Rosário (PT-RS), que chegou um pouco depois do deputado do PSL.

O vazamento de mensagens atribuídas a Moro sugere que o ministro teria agido em conjunto com o Ministério Público Federal em processos da Operação Lava-Jato. Moro e a força tarefa da Lava-Jato negam.

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