Jornal Estado de Minas

Após denúncia de superfaturamento, Zema recua em valor e repasse de emendas


Depois da acusação de deputados de que a tabela de emendas apresentada na Assembleia estaria superfaturada, o governo Zema (NOVO) recuou no valor ofertado para a compra de carros e decidiu repassar o dinheiro diretamente aos municípios. Com isso, em vez de o estado adquirir a frota e entregar aos prefeitos, cada um ficará responsável pela destinação da verba carimbada pelos parlamentares.

A cifra por veículo, que havia saltado de R$ 45 mil para R$ 62 mil, voltou ao valor inicial, após a denúncia dos deputados.

O prazo para indicar as emendas, que passaram a ser impositivas neste ano, terminou no dia 24 de fevereiro, mas os parlamentares tem mais 11 dias para apresentar eventuais correções. Além de tornar a emenda obrigatória em lei aprovada no fim da legislatura passada, os parlamentares conseguiram inflacionar a cota individual de R$ 1,5 milhão para R$ 5 milhões, que terão de ser pagos por Zema.

Em reunião na Assembleia, o governo havia apresentado a tabela inicial, que desagradou os deputados, que acusaram um superfaturamento. “Depois da nossa denúncia resolveram passar o recurso para as prefeituras, aí se elas quiserem pagar um carro mais caro vão ter de inteirar, senão, o valor ficará nos R$ 45 mil mesmo. É um vício que tinha e conseguimos mudar. O governo tem que passar o recurso e ser fiscalizador”, disse o deputado Alencar da Silveira Jr.
(PDT).

Alencar creditou o erro na tabela das emendas à “inexperiência de Zema” e disse que tudo fica mais caro quando feito pelo estado. “Nisso aí será uma economia de quase R$ 20 mil por veículo. Agora queremos que a mesma coisa seja feita para as academias”, disse. Segundo a denúncia dos parlamentares feita em fevereiro, os valores dos aparelhos das academias populares sugeridos pelo governo teriam subido de R$ 18 mil para R$ 25 mil.

O líder do governo, deputado Luiz Humberto Carneiro (PSDB), negou que a tabela tenha sido um erro, mas disse que a reivindicação dos parlamentares foi atendida. “Não tem nada de superfaturamento.
O que acontece é que o valor que estava colocado era alto e entendemos que os prefeitos poderiam comprar veículos mais baratos. A maioria entendeu que seria melhor repassar esse recurso direto aos municípios”, disse o tucano.

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