Os novos deputados e senadores tomam posse nesta sextas-feira num Congresso com renovação recorde (87% no Senado e 47% na Câmara). O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aparece como favorito à reeleição. No Senado, a disputa está acirrada, com oito candidatos. O mais forte é Renan Calheiros (MDB-AL), que já foi presidente em quatro mandatos.
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Onyx diz que governo não tem candidato favorito para eleições no CongressoAdversário de Maia, Capitão Augusto vai levar boneco com sua imagem ao CongressoRenovação de bancadas no Congresso chega até a 90%Onyx diz que governo não vai interferir em eleição no CongressoNa pauta, a prioridade, se depender do Planalto, será a reforma da Previdência, que o governo quer aprovar neste semestre. E também o possível pedido de instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. Fora da pauta, o principal assunto deverá ser as investigações da movimentação financeira de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que assume mandato no Senado amanhã.
A situação de Renan é menos confortável do que a de Maia. Uma das rivais é do próprio MDB: Simone Tebet (MS).
Davi Alcolumbre (DEM-AP), também candidato, deve comandar a sessão das 15h, em que serão empossados os novos senadores, e a das 18h, na qual haverá eleição de presidente, vices e secretários. Esse é o entendimento da Secretaria-Geral da Mesa, pois ele é terceiro-secretário suplente na legislatura atual. Nenhum dos outros membros da mesa foi reeleito.
Câmara
Na Câmara, Rodrigo Maia conseguiu apoio oficial de mais três partidos: MDB, PP e PTB.Caso ninguém consiga atingir esse número, haverá segundo turno. Essa é a aposta de Fábio Ramalho (MDB-MG), que não abriu mão de disputar como avulso, mesmo com apoio formal do MDB ao atual presidente. “Não tenho medo de disputar com quem quer que seja”, disse. Um dos rivais mais engajados de Maia, Ramalho acredita ter até 200 votos.
O mesmo ocorreu com PP e PSL. Ricardo Barros (PP-PR) também disputa como avulso, após a bancada ter declarado apoio ao candidato do DEM.
Ao definir os presidentes, os parlamentares escolhem, indiretamente, nas mãos de quem ficarão as principais comissões, secretarias e relatorias. As funções estratégicas são a pauta principal nas negociações. A dificuldade de Maia é agradar todo mundo. Por enquanto, ele prometeu ao PSL o comando da Comissão de Constituição e Justiça, uma das mais cobiçadas. Pelo apoio do MDB, dará uma das vagas de suplente da Mesa Diretora e o comando de uma das estruturas da Casa, como Corregedoria ou Procuradoria Parlamentar. Já o PP ficará com a segunda secretaria. Deputados de esquerda que conversam com Maia, em geral, não pretendem votar em Marcelo Freixo (Psol-RJ).
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