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Estado de Minas

Coluna Baptista Chagas de Almeida


postado em 23/11/2018 12:00 / atualizado em 23/11/2018 07:32


O desafio diante do varejo político

O maior desafio do governador eleito Romeu Zema (Novo), diante do diagnóstico “preocupante” que sua própria equipe de transição aponta em relatório, é conseguir acertar as contas que vai herdar da gestão de Fernando Pimentel (PT). Sua experiência empresarial, por outro lado, tem tudo para ajudá-lo nessa difícil tarefa.

Para ficar mais claro, vale o seguinte registro: fundado em 1923, em Araxá (MG), o Grupo Zema é um dos maiores conglomerados empresariais do país. Presente em 10 estados e com cerca de 5,3 mil colaboradores, atua em diferentes segmentos, com destaque para lojas de varejo, com móveis, eletrodomésticos e vestuários, concessionárias de veículos e serviços financeiros.

Melhor então traduzir para a política a experiência que traz de seus negócios. Quanto aos seus colaboradores, será grande o desafio, porque no lugar deles estarão os deputados estaduais. Sem “concessão” como prometeu, terá que tratar, por exemplo, no varejo político. Viu? Praia de seus negócios, lojas de varejo. Só que nessa praia, vai precisar de muita habilidade.

O varejo político já começa agora, com a formação de sua equipe no governo. Na composição dele, certamente terá de convocar deputados para o seu secretariado, embora garanta que será enxuto, aliás, como também promete o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), que já anda pressionado para aumentar ministérios.

Além dos cargos, dos próprios convocados ou de indicados pelos deputados, há também a liberação de emendas parlamentares, aquelas que vão para as suas bases. Faz parte do jogo, mas na atual situação vai depender de os deputados terem paciência até receber. No primeiro ano de mandato é mais fácil, mas uma pressão aqui outra acolá certamente haverá.

Por outro lado, a oposição petista vai fingir que a crise não foi culpa de Pimentel, com o velho discurso da herança recebida de outros governos, os tucanos, óbvio. O segmento de esquerda petista jamais vai admitir que a crise, de fato, foi de seu próprio desempenho no governo. Muito antes pelo contrário.

As urnas deram o recado em outubro, com direito a não permitir nem mesmo a chegada ao segundo turno da eleição. E isso sem contar a candidata ao Senado, amiga dileta de Pimentel desde os tempos de combate à ditadura militar, que era dada como eleita e também perdeu, mesmo com duas vagas.

Trilha musical
O Dinho (PMN) mandou avisar que o prazo termina segunda-feira agora, pontualmente às 17h. Sem eira nem beira. Quem não apresentar as emendas vai ficar sem o seu capital inicial delas, em referência ao cantor. O que interessa de fato, no entanto, são os valores: cada vereador terá direito a destinar R$ 794.679 para emendas impositivas, sendo que 50% do valor deve ser voltado a ações na área de saúde. No ano passado, as emendas para cada parlamentar somavam R$ 799.899,55. É... Pelo jeito, já que é cada vereador, as contas de João Pessoa capital da Paraíba devem estar em dia.

É extraordinário!
“Não é possível querer se isentar de uma responsabilidade criminal. Não podemos fazer com que o governador Pimentel saia com esse prêmio. Dizer: ‘estou livre da Lei de Responsabilidade Fiscal, da lei penal’. Faltam argumentos jurídicos para aprovar esse fundo. Os municípios não suportam mais essa irresponsabilidade.” A frase é do deputado Dalmo Ribeiro, sobre o projeto que cria o Fundo Extraordinário do Estado, de autoria do governador, durante audiência na Comissão de Administração Pública na Assembleia Legislativa (ALMG).

Deve ter alta
A necessidade de uma intervenção cirúrgica, só que desta vez, não vem da corrupção nem da Lava-Jato. Foi uma operação na próstata que fez o terceiro colocado na eleição presidencial do mês passado Ciro Gomes (PDT). De acordo com o Hospital Sírio-Libanês, o procedimento foi realizado para tratar o crescimento benigno da glândula. O perfil oficial de Ciro no Twitter informou: “O procedimento, realizado pelo dr Miguel Srourgi, transcorreu com normalidade. Ciro deve receber alta até o fim desta semana”.

Broche polêmico
Deputados eleitos pelo PSL, legenda de Jair Bolsonaro, circularam nesta semana por Brasília usando broches que são dados pela Câmara apenas aos parlamentares no momento em que eles tomam posse de seus mandatos. Na terça-feira, o ator Alexandre Frota, eleito por São Paulo, compareceu a uma reunião da comissão especial que discute a Escola sem Partido com o adereço na lapela do paletó. No dia seguinte, ele voltou ao colegiado, novamente com o broche. O fato gerou reclamações por parte de integrantes da comissão. Pelo tramite da Câmara, Os novatos só vão receber o broche de identificação parlamentar em 31 de janeiro de 2019 para que possam usá-lo, pela primeira vez, durante a cerimônia de posse, em sessão no dia seguinte. Frota, porém, ganhou o adereço do deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ).

Melhor não...
O ator Alexandre Frota também usou o broche na quarta-feira, na reunião de seu partido, em um hotel de Brasília, assim como a deputada eleita Joice Hasselmann. Questionada, a parlamentar não disse a quem pertencia a peça. Ela deixou a reunião já sem a peça. Além de simbólico, o broche dá acesso livre aos parlamentares a todos os ambientes do Congresso. A assessoria da Câmara informou que não há atos da Mesa Diretora que tratem sobre o seu uso. O Psol já avisou que vai questionar formalmente a presidência da Câmara.

PINGAFOGO

A disputa é na Ordem dos Advogados do Brasil em Minas. O interessante, no entanto, são os nomes das três chapas que foram escolhidos: “Chapa 1 – OAB Vanguarda; Chapa 2 – OAB mais Forte; e Chapa 3 – Nova OAB. Faça a sua escolha.

Dobradinha de novo no plenário. O deputado Sargento Rodrigues (PTB) cobrou do governador Fernando Pimentel (PT) o anúncio do dia em que será pago o 13º salário dos servidores públicos. E claro que lamentou a falta de contratação de policiais, praia dele, como havia prometido.

Já João Leite (PSDB) pegou carona. Atacou Pimentel alegando que ele “já arranjou emprego de secretário de Estado na Bahia, junto com o governador Rui Costa  (PT) e já virou as costas para nosso estado que está um caos”.

Grande novidade! Quem traz é o presidente da Petrobras, Ivan Monteiro: “A crise enfrentada pela empresa depois das denúncias de corrupção investigadas na Operação Lava-Jato foi a pior em 60 anos de história da companhia”. Então, tá!

Isso é que é um conselho bom. O registro é: “O Porto de Paranaguá ganha mais capacidade de embarque com os dois novos conjuntos de obras, que somam R$ 509 milhões em investimentos. Uma é a dragagem do canal de acesso ao porto”. Sendo assim, o jeito é atracar por aqui.

 


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