A falta de acesso à equipe de transição do governo Jair Bolsonaro foi um dos principais temas da primeira reunião de alinhamento promovida pelo PSL, partido do presidente eleito, na tarde da última quarta-feira (21) em Brasília. As reclamações foram apontadas por parlamentares eleitos presentes, em especial a dificuldade de contato e interlocução com o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), futuro ministro da Casa Civil.
De acordo com o deputado federal e senador eleito por São Paulo, Major Olímpio, parte das dificuldades está no fato de que a maioria dos 52 deputados eleitos pela sigla é novata, sem mandato parlamentar. "São novos, 48 não estavam em mandatos. Acabam sendo questionados sobre o processo de transição e até questões nos seus Estados. Estávamos sem essa interlocução", admitiu.
Segundo ele, "o próprio Eduardo (Bolsonaro, deputado reeleito e filho de Jair) e o (Luciano) Bivar (presidente da sigla) se encarregaram de ter uma interlocução mais efetiva para que todos os 52 deputados, 4 senadores e os 3 governadores possam ter um acompanhamento e até eventualmente uma participação em questões do que está se passando no futuro governo. Não querendo se meter em absolutamente nada - governo de transição é governo de transição", explicou na saída do encontro.
Presidência da Câmara
A maior parte dos parlamentares presentes ouvidos pela reportagem não quis cravar um nome fechado da sigla do presidente eleito para a presidência da Câmara dos Deputados no ano que vem. O nome de Bivar foi apresentado por Major Olímpio e aplaudido no encontro.
Para o deputado eleito pelo PSL Bibo Nunes, do Rio Grande do Sul, é importante apresentar um nome do próprio partido. "Nós temos que ter (uma candidatura).
Segundo Nunes, Bivar ficou emocionado ao ter o nome sugerido por Major Olímpio. "Ele agradeceu a deferência e disse que ia estudar. Porque é difícil. Mas o importante é estar na luta. A vitória nem sempre é o grande objetivo.