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Estado de Minas

Coluna Baptista Chagas de Almeida


postado em 13/11/2018 12:00 / atualizado em 13/11/2018 07:24


A beleza da ministra e salário na berlinda

É uma bela ministra ou seria melhor inverter para uma ministra bela? Ambas as respostas estão corretas. O fato é que ontem, no Congresso, o que mais se falava é que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) fez do limão uma limonada com a indicação da atriz Maitê Proença para comandar o Ministério do Meio Ambiente. Afinal, tecnicamente falando, ela tem história na área, em especial na Amazônia.

Com ela no governo, a polêmica em torno da fusão com a pasta de Agricultura fica sem sentido, até porque os próprios empresários agrícolas já haviam se manifestado em favor de manter o status do Meio Ambiente como ministério. Quanto à polêmica, vale lembrar que até o jornalão norte-americano New York Times havia entrado no assunto e condenando severamente a ideia inicial de Bolsonaro de acabar com a pasta e atrelá-la à da Agricultura.

O que não anda uma beleza é a prestação de contas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Enquanto ele era o candidato a mais um mandato no comando do Palácio do Planalto, sua campanha gastou R$ 19,7 milhões, só que agora o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quer o dinheiro de volta, porque sua candidatura foi impugnada. Afinal, ao lançar um candidato que está preso, o PT assumiu o risco. Agora, terá de se virar para devolver o dinheiro aos cofres públicos.

Quem também quer o dinheiro de volta, afinal é de origem libanesa, é o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS). E ele pede ao governador eleito “Raul” Zema quase meio bilhão de reais, isso mesmo, perto de R$ 500 milhões. Romeu Zema (Novo), no entanto, agora tem duas boas desculpas para negar. A primeira, é que a dívida vem e ainda é do governo de Fernando Pimentel (PT). A outra é deixar que Kalil trate direitamente com o Raul.

Quem tratou de fato de soltar foi o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Nefi Cordeiro. Começou com o vice-governador Antonio Andrade (MDB) e emendou com o ex-ministro da Agricultura Neri Geller e ainda Joesley Batista e Ricardo Saud do grupo J&F, que dispensa apresentações, entre outros mais.

Por fim, o congelamento do reajuste dos servidores públicos federais pode cair. Faltou quórum, o que dá sinais de que hoje também não haverá uma definição. Afinal, a Medida Provisória 849/2018 trata de adiar para o ano que vem o aumento dos servidores civis federais de 2019 para 2020 e foi editada pelo presidente Michel Temer (MDB).

Será que a turma do presidente eleito Jair Bolsonaro vai conseguir votar ainda este ano para não ficar com a batata quente no ano que vem? Se depender do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, esqueça. Ele quer deixar é para 2020.

Chão do plenário
Jair Bolsonaro (PSL), que já esteve lá por vários mandatos, jura que não pretende interferir na eleição da presidência da Câmara dos Deputados. Se cumprir a palavra, a turma do chão de plenário já começa até a fazer as contas para reeleger Rodrigo Maia (DEM-RJ). “É complicado, mas pode ser. Se fosse o Aécio (Neves), sem os problemas na Justiça, ganharia fácil”, diz quem entende, deputado com vários mandatos e que gosta do tal chão do plenário. E ele já faz as contas.

A contabilidade
Calculadora na mão, o deputado, que pede reserva, alega que os partidos de porte médio como o DEM, o PP, Solidariedade já trabalham nesSe sentido e o bloco de esquerda, para ter assento na mesa, deve ficar junto. E ele traz, então, o PDT, PSB, PCdoB, PV e PPS. Só que a definição mesmo virá dos maiores: PSDB, PSD, PMDB e o PR. Neste caso, se vingar a estratégia, a votação poderia incluir ainda o PT e até o PSL do presidente Bolsonaro. Resta saber se Maia emplaca. O jeitão dele no comando da Câmara deixou muita gente com a garganta entalada, no sentido de algo que não desce.

Melhor embarcar
Está virando rotina o registro de que os tucanos ficam sempre em cima do muro. Desta vez, a ideia de deixar para o ano que vem a decisão se integram ou não o governo de Jair Bolsonaro vem da Juventude Tucana, do Tucanafro e da Diversidade Tucana. O PSDB Mulher preferiu deixar pra lá. Afinal, quem está no comando é a deputada Yeda Crusius (RS). Se perdeu nas urnas, deve estar de olho em um carguinho. O fato é que não apenas ela, mas vários outros tucanos, já estão de olho mesmo é em embarcar no governo. Melhor deixar essa história de oposição pra lá.

Vai demorar
Está a um passo de ficar para o ano que vem, se é que o novo Congresso, embora não tão novo assim ele será, vá concordar. A reforma da Previdência – que a maioria dos economistas avisam que é uma bomba econômica prestes a explodir – é um grande problema, mas integrantes do governo eleito e o próprio Jair Bolsonaro dizem que não será o “fim do mundo” ficar para o ano que vem. É, pode ser, mas que em 2019 também será muito difícil de aprovar, pode escrever. Haja capital político, mesmo com presidente novo sentado na principal poltrona do Palácio do Planalto.


Muito gentil
Ele estava incluído na lista de testemunhas em favor de Joesley Batista, mas não chegou a prestar depoimento. Os advogados do dono da JBS, na última hora, preferiram retirá-lo da lista da defesa. No meio do caminho, estão os acordos de delação premiada de quatro executivos do grupo J&F, aqueles que podem ser rescindidos. Ao deixar o Supremo Tribunal Federal (STF), ontem, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot (foto) disse avaliar que, por “cortesia”, poderia ter sido avisado antes da decisão.

PINGAFOGO

Em tempo: “meu nome é apenas uma ideia”. Ah! Faz de conta que a gente acredita, mas como vem de uma atriz, aliás, uma atriz consagrada, a encenação até que faz sentido. Afinal, a frase é da quase futura ministra do Meio Ambiente, Maitê Proença.

Bem, ainda sobre o ex-procurador da República Rodrigo Janot. Se ele seria ouvido por um juiz auxiliar do ministro Luiz Edson Fachin do Supremo Tribunal Federal (STF), que é o relator do caso, melhor assim. Vale repetir: um auxiliar?

Já que as aparências não enganam, o futuro ministro da Casa Civil e ainda deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) “nomeou” ministro o advogado Gustavo Bebbiano. O ato falho foi em encontro com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

A ex-presidente do Supremo Cármen Lúcia deu o exemplo. E agora o ministro Luís Roberto Barroso fez questão de seguir. Também ele defendeu a descriminalização do aborto. E tratou como direito fundamental das mulheres.

Já que os Rodrigos estão juntos hoje na coluna – o presidente da Câmara dos Deputados Maia e o ex-procurador-geral da República Janot – o melhor a fazer é ficar por aqui. Haja Rodrigos no meio do caminho da política e do Judiciário.


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