Em entrevista à rádio Gaúcha, em Porto Alegre, na manhã deste domingo, o atual governador do Rio Grande do Sul e candidato à reeleição pelo MDB, José Ivo Sartori, criticou a conduta do adversário Eduardo Leite (PSDB) no segundo turno da campanha eleitoral. "No segundo turno a diferença entre nós foi muito elevada. Não é a conduta de alguém que tem o mesmo pensamento. Até porque eu nunca me vitimizei. Nem nos piores momentos do Estado, eu procurei a vitimização", disse o governador em referência à postura do adversário que teve montagem de fotos pessoais espalhada pelas redes sociais.
Questionado sobre a possibilidade de convergência entre a sua coligação e a do adversário, em caso de vitória de Eduardo Leite, desconversou se irá colaborar com o próximo governo. "É preciso deixar passar o momento eleitoral. As condições serão ditadas na transição", afirmou Sartori. Ao mencionar os conflitos históricos entre oposição e governo no Estado gaúcho e o acirramento entre as duas campanhas na reta final, Sartori desconsiderou uma divergência programática entre os partidos.
Em uma avaliação de seu mandato, Sartori considerou que teve coragem para tomar as medidas necessárias para o Estado, embora muitas vezes elas fossem "amargas". "Gostaria de ter aprovado e reinstalado o regime de recuperação fiscal. Nossa preocupação é com o equilíbrio financeiro do Rio Grande do Sul", destacou.
Sobre o apoio ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), Sartori disse acreditar que ele é capaz de transportar a mudança na economia e no País. "É uma inconformidade geral e uma demonstração de que a população brasileira quer uma mudança", avaliou.
Em clima descontraído, o governador ainda contou piadas sobre sua origem italiana e se disse tranquilo e sereno quanto à "missão" de disputar a reeleição.