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Estado de Minas

Candidatos trocam acusações no primeiro debate do segundo turno em Minas

Anastasia rebate Zema sobre ''baixarias'' de campanha: ''Candidatura é minha''


postado em 18/10/2018 22:57 / atualizado em 19/10/2018 00:33

O primeiro debate do segundo turno entre os candidatos ao governo de Minas foi marcado pelos ataques e trocas de acusações entre o empresário Romeu Zema (Novo) e o senador Antonio Anastasia (PSDB). O tucano chamou para si a responsabilidade sobre a campanha ao responder questionamento de Zema sobre suposta participação de Aécio Neves e sua irmã Andréa Neves na coordenação. O empresário citou supostas “fake news” divulgadas nas redes sociais pela campanha do PSDB. Anastasia rebateu afirmou que Zema se mostra “despreparado” para assumir o Palácio da Liberdade e que é o único responsável pela sua campanha.
 
O tom ofensivo entre os candidatos começou logo no início do encontro. O senador citou uma entrevista de Zema do ano passado em que ele dizia se considerar despreparado para assumir o governo estadual. O tucano ressaltou que Zema “não tem experiência” e que “precisa estudar mais” questões ligadas às atividades do legislativo e da administração pública.
 
Zema contra-atacou, criticando as administrações do PT e do PSDB no governo estadual e defendeu a necessidade de novas propostas para que o estado supere a crise fiscal. “Os mesmos políticos de sempre não serão capazes de resolver os problemas que eles criaram. Precisamos de pessoas novas. Em Minas, dois grupos governaram o estado por mais de 20 anos e o resultado é a situação deplorável que vemos hoje”, disse o empresário.
 
Ao discutirem propostas de redução da máquina pública (defendida pelos dois candidatos), Zema afirmou que Anastasia, quando governador, fez exatamente o contrário do que tem prometido em sua campanha. “Em 2011 ele criou secretarias e cargos, aumentou o cabide de emprego", disse Zema. Anastasia rebateu dizendo que Zema não conhece a história administrativa do estado.
 
Zema afirmou que sua candidatura representa a mudança em relação à velha política e que, "ao contrário dos velhos políticos", tem humildade para rever propostas de seu plano de governo que não se mostraram viáveis. Anastasia afirmou que Zema é um candidato "errante". "Seu programa diz A, ele diz B e depois no debate ele diz C. É triste entregar Minas Gerais a uma pessoa que a cada momento tem uma opinião", disse o tucano.
 
Os candidatos voltaram a trocar alfinetadas ao falar sobre a possibilidade de privatizaçaõ de estatais como a Cemig e a Copasa. "No seu plano está prevista a privatização das estatais, como dos serviços de saúde e educação. A proposta é essa ou mudou de posição novamente?", questionou Anstasia. "Nós revisamos essa posição. Entendemos que essas importantes empresas, principalmente Copasa e Cemig, têm sido vítima de uma gestão que as depreciou bastante. Privatizá-las agora seria um péssimo negócio para o estado", respondeu Zema.
 
Ao discutirem os problemas da Fundação Ezequiel Dias (Funed), Anastasia ironizou que Zema admitiu em entrevista não conhecer a entidade. “O candidato estudou bem de ontem para hoje. Porque em entrevista ele não conhecida nada sobre a Funed. Isso é positivo”, disse o tucano. “Realmente eu não conhecia a Funed. Estou gradativamente conhecendo muitas coisas. Mas o problema que fica claro é que a Funed se tornou um cabide de empregos e a fábrica que até hoje não produziu os medicamentos é um exemplo do desperdício do dinheiro público”, avaliou Zema.
 
Tanto Zema quanto Anastasia apontaram como prioridade colocar os salários dos servidores em dia. O candidato do Novo afirmou que, caso eleito, ele e seus secretários não receberão salário até que o salário de todos os servidores esteja em dia. O candidato do PSDB afirmou que, como servidor público que depende de seus vencimentos, não poderia abrir mão do salário: "Não sou milionário como o senhor", disse Anastasia.


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