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Estado de Minas

Coluna Baptista Chagas de Almeida


postado em 16/10/2018 12:00 / atualizado em 16/10/2018 07:28

A medida provisória que seja permanente

Antes era praticamente apenas uma teoria, aquela que chegou a ser enviada à Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015, que estabelecia como meta a redução anual de 3,5% nos índices de homicídios. Agora, chegou a vez de colocar em prática o que estava descrito no Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social.

Foi por Medida Provisória (MP) publicada ontem no Diário Oficial da União (DOU) que o tal conselho vai passar da teoria à prática, com a Força Tarefa que ficará encarregada do Sistema Único de Segurança Pública (Susp), no mesmo moldo da Saúde, o SUS. A MP prevê a presença de integrantes das forças federais, estaduais e municipais no combate à violência que assola pelo país afora.

É isso mesmo, até as forças municipais, como a Guarda Municipal de Belo Horizonte, que exerce o policiamento comunitário preventivo no município, com atuação que se soma às forças de segurança públicas estaduais representadas pelas polícias Civil e Militar, e a federal, isso mesmo, até a Polícia Federal (PF) pode contar com o apoio dela.

Quem chamou a polícia para vir aí foi o presidente Michel Temer (MDB), em plena temporada de segundo turno na disputa pelo comando do Palácio do Planalto. Faz de conta que ele “tô nem aí” para a eleição, embora esteja passeando mais na praia de Jair Bolsonaro (PSL) do que na de Fernando Haddad (PT). Nas votações este ano os integrantes do PSL foram os mais fiéis nas votações que o governo precisava.

Quanto ao fato de o presidente Temer votar em Haddad, esqueça. Bastam os pedidos de impeachment em que teve apoio dos integrantes do PSL no Congresso. Se ele é também acusado de dar o golpe na então presidente Dilma Rousseff (PT) que sofreu o impeachment, nem precisa explicar. Afinal, a carreira dela acabou, candidatou-se ao Senado em Minas e foi mandada embora da política. Não volta mais.

Afinal, a romaria de sexta-feira em fervor à Nossa Senhora da Aparecida deve iluminar a política nacional, abençoar os brasileiros que tanto precisam de estímulo. Quem sabe encontrar um emprego digno. Afinal, o brasileiro nunca desiste, basta ter fé. Ah! A campanha com o slogan veio da Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) para resgatar a autoestima do brasileiro. Se teve apropriação indébita na política, deixe para lá.

Faltou apoio
Tinha que cancelar mesmo. Serviço para preparar, pode até ter havido, mas nem micro foi o diálogo diante da pequena a adesão que ficou pela metade, faltou apoio de um dos presidenciáveis”. Deixando a brincadeira para lá, trata-se do evento que levaria Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro ao “Diálogo com os Presidenciáveis” promovido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). E olha que eles falariam separadamente. O jeito foi avisar que as perguntas seriam enviadas (para assessores preencher, óbvio) e que, caso obtenha as respostas dos candidatos, elas serão divulgadas. Neste caso, deixa pra lá.

Convocação

“Vamos ter de unir as forças democráticas em um governo mais amplo que o PT”. Uai, Fernando Haddad (PT) já se considera eleito para ser necessário um governo mais amplo? E maior que o seu próprio PT? Ele ainda acrescentou: “todo mundo que for a favor da democracia eu convoco para o meu lado. É um sinal que estou dando de que quero ampliar o debate na sociedade”. Uai, Lula não era a favor da democracia quando se elegeu pela primeira vez? O metalúrgico era anti-democrático? Decretou regime de exceção? Eu, Hein!



Nem pensar!
Greve de caminhoneiros parando as estradas pelo país afora? De novo? Nem pensar! Só que as Medidas Provisórias (Mps) 836/2018 e 839/2018 tinham caducado. O jeito então foi o presidente Michel Temer (MDB) editar uma nova MP, a 847/2018, que trata da subvenção ao óleo diesel. Afinal, comprar briga de novo com os motoristas de caminhão mais uma vez e eles fazerem fila pelas rodovias do país afora? Que nada! Ainda mais que eram fruto do acordo entre o governo federal e os caminhoneiros por conta da greve.

Lula livre
É óbvio que só poderia partir do PSL a representação para que fosse instaurado um processo contra os deputados do PT Paulo Pimenta (RS), Wadih Damous (RJ) e Paulo Teixeira (SP). É o que o partido de Bolsonaro pretende instaurar no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar contra os petistas. O motivo é o pedido que os parlamentares pediram para tentar dar habeas corpus que libertasse o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, em julho deste ano, isso mesmo, em pleno recesso de férias no Judiciário, que estava em regime de plantão. O relator, em lista tríplice, deverá ser definido hoje. Se não der uma briga danada, vale deixar a ressalva.

Trilha sonora
“Eu sou mãe de 55 filhos (quatro deles biológicos). Foi morando na favela do Jacarezinho que adotei, de uma só vez, 37 crianças que sobreviveram a uma chacina que aconteceu na Estação Central do Brasil. Essa é a minha maior bandeira”. Começa assim, depois ela acrescenta que seus 196.959 votos são para que ela possa “lutar a favor da família, a favor da vida, a favor da mulher”. Trata-se da deputada eleita Flordelis (PSD-RJ), que vai integrar a bancada evangélica, já que é pastora e cantora gospel.

PingaFogo
Por fim, o Othon Palace, que já foi o mais chique hotel de Belo Horizonte em seus áureos tempos está para ser fechado. E daí, o que tem a ver com a política? Funcionário, sem se identificar, conta: “Atendi Itamar Franco (foto) – ex-governador e ex-presidente da República – e o ex-presidente Lula, por exemplo”.

Se Itamar dá saudade, vamos lá: o Ibope em sua primeira pesquisa para a Presidência da República no segundo turno, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro aparece com 59% das intenções de votos váslidos e Fernando Haddad (PT) com 41%. Ela saiu no início da noite de ontem.

Mais cedo, bem mais cedo, teve também uma pesquisa estimulada do Instituto FSB Pesquisa/BTG Pactual que registrava 51% nas intenções de votos válidos para Jair Bolsonaro (PSL) e 35%, para Fernando Haddad (PT).
O instituto de pesquisas Datafolha registrou mais uma rodada, para ser divulgada quinta-feira agora. O que intriga é a inclusão de perguntas sobre a chance de haver uma ditadura no país e seguida pelas impressões sobre o regime militar entre 1964 e 1985.

Estranho é, mas é melhor deixar para lá e ficar por aqui sem fazer juízo de valor da inclusão que leva à ditadura.


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