Jornal Estado de Minas

PT em MG vive dilema no 2º turno da eleição para governador

A tendência do PT é de manter a neutralidade no segundo turno da disputa ao governo de Minas. O partido deverá se posicionar hoje, em reunião da Executiva Estadual, seguida de plenária com os militantes, quando será discutida a mobilização no estado para a campanha presidencial de Fernando Haddad (PT).

O apelo ao “antipetismo” foi a principal estratégia retórica adotada pelo PSDB e pelo Novo ao longo do primeiro turno. Mas agora, as duas legendas precisam dos 23,12% dos votos de Fernando Pimentel (PT) para vencer a sucessão estadual. Ao mesmo tempo, diferentes emissários acenam ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), de olho no eleitorado que, na reta final, migrou em sua parcela mais significativa de Anastasia para Zema.

“A minha posição será coletiva, partidária e, de preferência, após ouvir os outros partidos de esquerda, de nosso campo político”, afirma Patrus Ananias (PT), deputado federal reeleito. “Num primeiro momento, a minha primeira reação, o meu primeiro sentimento, é de votar nulo. Mas qualquer gesto sinalizador de comprometimento com a candidatura de Haddad tende a ser respondido com atitude de diálogo”, afirmou Patrus.

Segundo a presidente estadual do PT, Cida de Jesus, Anastasia e Zema penderam para Bolsonaro no primeiro turno. “Em princípio não vejo condições em Minas para posicionarmos em favor de nenhum dos lados. Mas vamos aguardar a avaliação da executiva”, disse..