O economista Paulo Guedes, principal assessor econômico do candidato à Presidência do PSL, Jair Bolsonaro, disse na manhã de hoje, 7, que o Brasil tem uma "democracia emergente".
Para o economista, que é candidato a assumir o ministério da Fazenda em um eventual mandato de Bolsonaro, os dois impeachment pelos quais o Brasil passou e as medidas do Judiciário contra agentes do executivo e do legislativo mostram o aperfeiçoamento das instituições brasileiras.
"Não estou preocupado. Tem gente preocupada (com a democracia), mas acho o contrário. Estamos nos aperfeiçoando", afirmou.
Guedes votou na Escola Municipal José Linhares, em Ipanema, na Zona Sul do Rio. Mostrou-se preocupado em não dar declarações que possam influenciar a votação. "Nós estamos há 30 anos em um processo democrático virtuoso, aperfeiçoando as nossas instituições. Hoje é mais um dia na construção dessa democracia emergente", afirmou.
Para Guedes, os dois impeachment mostraram a independência do Poder Legislativo, com os deputados indicando que, se o presidente não se comportar da maneira adequada, perde o mandato.
"Em alguns momentos, em busca de sustentação parlamentar, o Executivo acabou comprando influência no Legislativo, e isso causou um despertar do Judiciário, que acordou e prendeu quem comprou influência, no Executivo, e quem vendeu influência, no Legislativo", afirmou. "Ninguém está acima da lei. É um aprendizado", completou.
O economista não quis comentar as últimas pesquisas nem respondeu se considera possível uma vitória no primeiro turno.