O último debate entre os candidatos à Presidência foi marcado por apelos para que os eleitores não se deixem influenciar pelo “medo ou pelo ódio” na hora de votar.
A dois dias do primeiro turno, os concorrentes ao Planalto que participaram do debate na Rede Globo na noite de ontem, criticaram a polarização da disputa entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), o que, segundo eles, manterá nos próximos anos clima de guerra na política nacional.
Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) criticaram contra a ausência do capitão reformado do Exército no encontro. Ciro afirmou que Bolsonaro “fugiu do debate” e Marina disse que ele “amarelou” e ainda lembrou que uma entrevista do candidato foi ao ar na Rede Recorde na hora do debate.
Não por coincidência, as discussões que começaram em clima morno e somente esquentaram depois do fim da entrevista de Bolsonaro. No início do debate, as críticas giraram em torno das administrações petistas e tucanas no governo federal e às reformas aprovadas durante o governo Michel Temer.
A partir do segundo bloco, já com a entrevista de Bolsonaro encerrada, ele passou a ser alvo frequente dos ataques dos outros candidatos. Ciro Gomes relembrou o clima hostil entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) na campanha de 2014, dizendo que o reflexo da disputa perdurou pelos anos seguintes e prejudicou diretamente a população do país. “Vamos repetir essa história a partir do ano que vem? Será que o presidente eleito vai conseguir governar neste cenário?”, questionou Ciro.
Marina Silva lamentou a polarização e afirmou que os eleitores ainda tem tempo para fazer mudança no clima de guerra na política. “Vivemos uma guerra em que alguns estão votando por medo em Bolsonaro e outros por medo em Haddad”, disse a ex-ministra do Meio Ambiente. Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad trocaram acusações sobre a crise econômica, cada um atribuindo ao partido do adversário a culpa pelos problemas.
O tucano afirmou que a gestão petista teve “equívocos atrás de equívocos” e perguntou se Haddad pretende manter o “modelo petista de governar”. O ex-prefeito rebateu dizendo que a crise foi resultado da aliança entre o PSDB e o governo de Michel Temer (MDB), que implantaram, segundo ele, medidas prejudiciais ao país. “Depois que o candidato do PSDB foi derrotado, o PSDB não aceitou a derrota, se associou ao Temer para sabotar o governo e aprovou pautas bombas”, respondeu Haddad.
O senador Álvaro Dias (Podemos) levou pergunta escrita em pedaço de papel e pediu para que o candidato do PT a entregasse diretamente ao ex-presidente Lula: “Já que você visita ele na prisão toda segunda-feira”, afirmou Dias. O embate entre Dias e Haddad foi um dos momentos mais tensos do debate. “O senhor (Álvaro Dias) está atrapalhado em questão de tempo e espaço”, afirmou o petista, que citou os investimentos feitos durante os governos Lula e Dilma para o descobrimento das jazidas de pré-sal que “multiplicaram o valor de mercado da Petrobras” e nos investimentos em órgãos de combate à corrupção. O senador rebateu dizendo que o partido “assaltou e pilhou a estatal”.
Em dobradinha, Ciro e Henrique Meirelles (MDB) atacaram as declarações do candidato a vice-presidente de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, e de seu indicado para o Ministério da Fazenda, o economista Paulo Guedes: “Um defende o fim do 13º salário e das férias e o outro afirma que vai voltar com a CPMF, mais um imposto. Bolsonaro vê a repercussão negativa dessas coisas todas e nega para a imprensa. É uma mentira que ele precisava vir aqui esclarecer”, disse Ciro.
Meirelles afirmou que um eventual governo de Bolsonaro seria um risco para o país. “Não vai dar certo. E não acredito que o povo brasileiro vai embarcar nessa aventura. O Brasil não pode correr esse tipo de risco”, ressaltou Meirelles. Ao abordar o combate às drogas, Ciro e Guilherme Boulos (Psol) voltaram a alfinetar Bolsonaro, avaliando que o discurso “agressivo” não vai resolver o problema da segurança no país. “As ações da Taurus, uma fábrica de armas, aumentaram 180% como a evolução dele nas pesquisas. Tem gente do Bolsonaro ganhando muito dinheiro em cima de um discurso que fala de arma toda hora”, disse Ciro.
Nas considerações finais, os candidatos – com exceção de Álvaro e Haddad – conclamaram os eleitores a não votar com sentimentos de “ódio ou medo”. “Saia desse triste resultado que temos visto até agora com o radicalismo, do ódio e do preconceito que não vai levar a nada”, disse Alckmin. Meirelles afirmou que o “ódio e a vingança não geram emprego e não melhoram educação e saúde”. Boulos pediu aos eleitores que não cheguem às urnas com o sentimento de ódio que pode “levar o Brasil ao atraso”. Marina e Ciro voltaram a criticar o “caminho do ódio e da polarização” que paralisa o país.
A dois dias do primeiro turno, os concorrentes ao Planalto que participaram do debate na Rede Globo na noite de ontem, criticaram a polarização da disputa entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), o que, segundo eles, manterá nos próximos anos clima de guerra na política nacional.
Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) criticaram contra a ausência do capitão reformado do Exército no encontro. Ciro afirmou que Bolsonaro “fugiu do debate” e Marina disse que ele “amarelou” e ainda lembrou que uma entrevista do candidato foi ao ar na Rede Recorde na hora do debate.
Não por coincidência, as discussões que começaram em clima morno e somente esquentaram depois do fim da entrevista de Bolsonaro. No início do debate, as críticas giraram em torno das administrações petistas e tucanas no governo federal e às reformas aprovadas durante o governo Michel Temer.
A partir do segundo bloco, já com a entrevista de Bolsonaro encerrada, ele passou a ser alvo frequente dos ataques dos outros candidatos. Ciro Gomes relembrou o clima hostil entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) na campanha de 2014, dizendo que o reflexo da disputa perdurou pelos anos seguintes e prejudicou diretamente a população do país. “Vamos repetir essa história a partir do ano que vem? Será que o presidente eleito vai conseguir governar neste cenário?”, questionou Ciro.
Marina Silva lamentou a polarização e afirmou que os eleitores ainda tem tempo para fazer mudança no clima de guerra na política. “Vivemos uma guerra em que alguns estão votando por medo em Bolsonaro e outros por medo em Haddad”, disse a ex-ministra do Meio Ambiente. Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad trocaram acusações sobre a crise econômica, cada um atribuindo ao partido do adversário a culpa pelos problemas.
O tucano afirmou que a gestão petista teve “equívocos atrás de equívocos” e perguntou se Haddad pretende manter o “modelo petista de governar”. O ex-prefeito rebateu dizendo que a crise foi resultado da aliança entre o PSDB e o governo de Michel Temer (MDB), que implantaram, segundo ele, medidas prejudiciais ao país. “Depois que o candidato do PSDB foi derrotado, o PSDB não aceitou a derrota, se associou ao Temer para sabotar o governo e aprovou pautas bombas”, respondeu Haddad.
O senador Álvaro Dias (Podemos) levou pergunta escrita em pedaço de papel e pediu para que o candidato do PT a entregasse diretamente ao ex-presidente Lula: “Já que você visita ele na prisão toda segunda-feira”, afirmou Dias. O embate entre Dias e Haddad foi um dos momentos mais tensos do debate. “O senhor (Álvaro Dias) está atrapalhado em questão de tempo e espaço”, afirmou o petista, que citou os investimentos feitos durante os governos Lula e Dilma para o descobrimento das jazidas de pré-sal que “multiplicaram o valor de mercado da Petrobras” e nos investimentos em órgãos de combate à corrupção. O senador rebateu dizendo que o partido “assaltou e pilhou a estatal”.
Em dobradinha, Ciro e Henrique Meirelles (MDB) atacaram as declarações do candidato a vice-presidente de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, e de seu indicado para o Ministério da Fazenda, o economista Paulo Guedes: “Um defende o fim do 13º salário e das férias e o outro afirma que vai voltar com a CPMF, mais um imposto. Bolsonaro vê a repercussão negativa dessas coisas todas e nega para a imprensa. É uma mentira que ele precisava vir aqui esclarecer”, disse Ciro.
Meirelles afirmou que um eventual governo de Bolsonaro seria um risco para o país. “Não vai dar certo. E não acredito que o povo brasileiro vai embarcar nessa aventura. O Brasil não pode correr esse tipo de risco”, ressaltou Meirelles. Ao abordar o combate às drogas, Ciro e Guilherme Boulos (Psol) voltaram a alfinetar Bolsonaro, avaliando que o discurso “agressivo” não vai resolver o problema da segurança no país. “As ações da Taurus, uma fábrica de armas, aumentaram 180% como a evolução dele nas pesquisas. Tem gente do Bolsonaro ganhando muito dinheiro em cima de um discurso que fala de arma toda hora”, disse Ciro.
Nas considerações finais, os candidatos – com exceção de Álvaro e Haddad – conclamaram os eleitores a não votar com sentimentos de “ódio ou medo”. “Saia desse triste resultado que temos visto até agora com o radicalismo, do ódio e do preconceito que não vai levar a nada”, disse Alckmin. Meirelles afirmou que o “ódio e a vingança não geram emprego e não melhoram educação e saúde”. Boulos pediu aos eleitores que não cheguem às urnas com o sentimento de ódio que pode “levar o Brasil ao atraso”. Marina e Ciro voltaram a criticar o “caminho do ódio e da polarização” que paralisa o país.