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Estado de Minas

Coluna do Baptista Chagas de Almeida


postado em 21/09/2018 12:00 / atualizado em 21/09/2018 08:03



Em sua própria casa, o PDT está à vontade


Na campanha de Ciro Gomes (PDT), quem diria, há quem aposte que ele estará no segundo turno da eleição presidencial. É com base no tracking que ela vai centrar todas as atenções em Minas Gerais e São Paulo, os dois maiores colégios eleitorais.

A estratégia é centrar o alvo no candidato petista Fernando Haddad, deixar Jair Bolsonaro falando sozinho, diante de ele ter o voto cristalizado, mas que sofreu freada abrupta, embora continue em busca do “voto útil” para tentar liquidar a fatura no primeiro turno. O que os pedetistas acreditam é que o beneficiado pode ser Ciro Gomes, que teria mais facilidade de vencer Bolsonaro no segundo turno da eleição.

“Há grande possibilidade, porque o tracking da campanha mostra claramente uma subida consistente de Ciro diante deste quadro”, ressalta o presidente estadual do PDT, deputado Mário Heringer (PDT-MG).

Daí a decisão de focar fortemente a campanha a partir de agora em Minas Gerais. E com dois personagens que podem fazer diferença: o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), e o ex-prefeito Marcio Lacerda (PSB).

Já em São Paulo, em especial na capital, a situação é mais difícil, mas mesmo assim os pedetistas acreditam que podem conseguir votos capitaneados pelo ex-governador paulista, Márcio França (PSB), que tem por volta de 10%. Um apoio com esse percentual anima os pedetistas em São Paulo, embora a briga  entre socialistas e pedetistas por lá tenha sido feia.

A costumeira metralhadora giratória de Ciro tem ficado longe de sua campanha, enquanto adversários como Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (MDB) continuam atirando. O tucano ressaltou que “de um lado a turma de vermelho quer o fim da Lava-Jato” e do outro a “turma do preconceito e do ódio”. Meirelles também partiu para o ataque: “Vão confiar num governo de alguém despreparado, desequilibrado ou corrupto?”

Para deixar claro sobre a metralhadora de lado, sabe o que falou Ciro? Propôs limpar nome de quem está no SPC. E Marina Silva (Rede) tratou de saúde e educação. Sem ataques também.

Vandalismo
A denúncia é do vice-presidente do Circuito Turístico Serras de Minas, Gerson Morais, coordenador do projeto de reimplantação do trem das Serras de Minas. E é grave, já que ele alertou sobre a linha mineira que saía de Belo Horizonte até Campos, no Rio de Janeiro, e está sendo destruída junto com os maquinários. Ressaltou que nada tem sido feito sem que as autoridades tomem providências para barrar o vandalismo. Vários boletins de ocorrência foram feitos, masse mostraram inúteis.

Em tempo: o deputado tucano João Leite, presidente da Comissão Pró-Ferrovias Mineiras, promete entrar no caso. A linha, batizada de Ferrovia Leopoldina, foi desativada em 1996 pela Ferrovia Centro Atlântica (FCA), subsidiária da Vale.

Deve ter gostado
“Latin America’s latest menace” writes The Economist front page”. É a matéria de capa da revista inglesa The Economist. A análise dela ressalta que Jair Bolsonaro se aproveitou do ambiente no Brasil “de desastre econômico e com vários escândalos de corrupção”. Acrescenta que há terreno fértil para o surgimento de novos “messias”, com o detalhe de que é o nome do meio do deputado. A revista norte-americana acrescenta que ele seria novo membro de um clube de populistas que tem o presidente Donald Trump, nos Estados Unidos, Rodrigo Duterte, nas Filipinas, e Matteo Salvini, na Itália. Bolsonaro deve ter adorado.

Oportunismo?
É o que registra a manifestação feita pelo PT: “Esta prisão injustificada, além de contrariar o estado democrático de direito, revela-se como mais um oportunismo eleitoreiro, com o claro objetivo de prejudicar não somente o candidato, mas também a imagem do Partido dos Trabalhadores”. E acrescenta o PT mineiro o seu “veemente repúdio à prisão arbitrária do ex-prefeito de Uberlândia e candidato a deputado federal Gilmar Machado dois dias antes da Legislação Eleitoral que impede prisões de candidatos a cargos nas eleições”.

Adianta não
São tão raras as notícias que vêm do Palácio do Planalto que o presidente Michel temer (MDB) não perdeu tempo. E muito menos esperou o anúncio oficial do Ministério do Trabalho, como é praxe. “Fui informado de que o país criou mais de 100 mil empregos com carteira assinada em agosto. Isto é prova de que o Brasil está no rumo certo. Em plena recuperação”. Aí não dá para resistir e informar também antecipadamente que a oferta de empregos pouco vai adiantar para subir a popularidade de Temer.

Tal pai, tal filho
Nem tanto assim. O ex-presidente do Senado  Renan Calheiros (MDB) tem 39% na pesquisa para o Senado, em empate técnico com o tucano Rodrigo Cunha (PSDB), que atinge  37%. Já Renan Filho (MDB), que é candidato a govenador de Alagoas, largou na disputa com 65%, quase dois terços dos votos. Mas não deve dar briga em família por causa disso.

PINGAFOGO

Desconfiados com a política quem anda são os empresários, que estão adiando investimentos à espera de o cenário clarear. O “Brasil parou”. Investir agora, só quando o cenário clarear.

“É especialmente triste porque, em teoria, estaríamos no melhor momento do ano para investir, acrescenta o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe.

A Justiça Federal não desiste, insiste. Quer depoimentos do presidente Temer e dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e Energia). No meio do caminho, citações a eles em esquema na Petrobras.

Só rezando mesmo e repetir o que fizeram o candidato petista Fernando Haddad e o presidente do PDT, Carlos Lupi, para encontrar uma boa notícia na política, que anda difícil, muito mesmo.

Se continua a briga entre os aeroportos de Confins e Pampulha para os voos de grande porte, o melhor é esperar que eles se entendam, aterrissem a briga e permitam à coluna levantar voo por hoje.

 


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