São Paulo – A retomada das agendas de rua ontem pelos principais candidatos à Presidência da República seguiu o script desenhado pelas campanhas após o atentado contra Jair Bolsonaro (PSL): em vez de ataques, propostas para o país e apelos por um esforço conciliatório. Na TV, só Geraldo Alckmin (PSDB) e Alvaro Dias (Podemos) citaram o atentado, além do próprio deputado, que, nos seus nove segundos, veiculou uma mensagem de um apoiador afirmando que o “povo brasileiro caminha unido e em oração por sua vida”.
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Por falta de segurança, Bolsonaro chegou a pausar caminhada em Juiz de ForaPodcast conta como nasceu Minas Gerais e quem foi o primeiro governadorEM lança podcast que revela personagens quase esquecidos da nossa política'Pessoas de bem' aprendem a atirar e apoiam Bolsonaro por medo da violênciaBolsonaro segue em boa recuperação, diz 1° boletim médico deste domingoEM entrevista candidatos ao governo de Minas a partir desta terça-feiraDefesa vai alegar insanidade mental do esfaqueador para pedir transferênciaDurante compromisso oficial em Santa Catarina, pela manhã, o tucano ainda afirmou que o Brasil sempre “avança” quando existe um esforço conciliatório. “Foi assim na redemocratização, na Constituinte e no Plano Real”, disse. Alckmin, no entanto, priorizou o discurso propositivo e disse que o foco de sua campanha passa a ser a retomada da economia e a geração de empregos e renda.
Alvaro Dias (Podemos) teve a mesma iniciativa. Usou seu programa eleitoral para fazer um apelo contra a violência na política afirmando que “com ódio ninguém constrói nada”. Henrique Meirelles retomou a agenda de campanha com uma carreata em Aparecida de Goiânia, em Goiás.
Durante a caminhada, Marina esteve cercada por quatro seguranças, que chegaram a formar um cordão de isolamento, mas sem impedir qualquer contato com as pessoas que a acompanhavam. “Essas eleições nos dão a possibilidade de pôr um ponto final na polarização, no ódio e na violência”, afirmou. E ressaltou sua posição, ao dizer que a violência não pode ser combatida com uma arma na mão. “É o amor e o respeito uns pelos outros dentro do coração, independentemente de cor, raça e ideologia.” Nos programas eleitorais, no entanto, a estratégia da Rede foi outra. Em vez de comentar o ocorrido em Juiz de Fora, a candidata priorizou ideias e promessas para melhorar a educação
‘Tudo igual
Em campanha no Ceará, Ciro Gomes (PDT) afirmou que não pretende mudar qualquer estratégia de sua campanha em função do ataque a Bolsonaro.
Ainda sobre Bolsonaro, Ciro disse que o ocorrido não pode parar o Brasil. “Agora nós estamos de volta à luta, porque o Brasil não pode parar. Tenho falado muito pesadamente contra essa radicalização que divide a família brasileira e nós não podemos deixar que isso se transforme em violência.” Candidato a vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Lava-Jato, Fernando Haddad seguiu a mesma linha adotada por Ciro. Afirmou que “não vai mudar seu discurso por uma circunstância” e que a estratégia do PT, até aqui, não foi a de fazer críticas ao adversário.
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