A exposição do candidato do PSL ao Planalto nas eleições 2018, Jair Bolsonaro, nesses primeiros 15 dias de campanha não fizeram bem para o postulante ao cargo máximo do governo brasileiro, avalia o cientista político e sócio da Tendências Consultoria Rafael Cortez, com base nos dados do último levantamento Ibope, divulgado nesta quarta-feira, 5.
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'Acho o Bolsonaro um passaporte para a volta do PT', diz Alckmin em sabatinaTSE aprova registro de candidatura de Jair Bolsonaro à PresidênciaBolsonaro perde para Ciro, Marina e Alckmin no segundo turno, diz IbopeNo Ibope agora divulgado, uma das simulações de segundo turno mostrou Bolsonaro tecnicamente empatado com Haddad/PT (36% para o ex-prefeito, 37% para o deputado). Ao se comparar com pesquisa mais próxima com igual cenário, o Datafolha divulgado em 22 de agosto, Haddad perdia para Bolsonaro por 29% a 38%.
"O avanço de Haddad ante Bolsonaro é o melhor termômetro de que a exposição de Bolsonaro foi negativa para sua imagem. O custo da estratégia de mobilizar o eleitorado a partir da preferências muito intensas, porem extremadas, vai se materializando. Esses nomes conseguem se transferir para segundo turno em momentos de transição, mas dificilmente se tornam uma hegemonia", disse, citando a derrota de Marine Le Pen, na França, como exemplo. Cortez acrescentou ainda que o PT não fez grandes mobilizações na sua campanha que justificassem tamanha aproximação de Haddad.
O especialista pontuou também que, diferentemente de alguns candidatos como Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (MDB), Bolsonaro não dispõe de outras ferramentas além das redes sociais para tentar atingir outro público senão o que ele já dialoga.
Em pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada nesta quarta, Bolsonaro aparece com 22% das intenções de voto e segue na liderança da corrida presidencial. O candidato Ciro Gomes (PDT) subiu três pontos, de 9% para 12%, e empatou numericamente com Marina Silva (Rede), que manteve o patamar do levantamento anterior, divulgado no dia 20.
Bolsonaro apareceu com rejeição de 44%. Brancos e nulos recuaram para 21%, ante 29% em levantamento anterior do Ibope. "Como Bolsonaro é um nome de rejeição mais alta, dificilmente esse voto branco ou nulo vai para o candidato que é mais rejeitado. Temos também a questão de gênero.