“Luzia, presente”, gritaram em protesto. Com cânticos “Se corta na ciência, não avança o Brasil”, “Descaso não é acaso, destroem o futuro e destroem o passado”, manifestantes interromperam o debate para cobrar aos candidatos o cuidado e a luta dos governadores estaduais junto à União pela preservação do patrimônio histórico, científico e cultural nacional. Cerca de 90% do acervo do Museu Nacional foi perdido no incêndio. A direção do museu afirmou que os repasses minguaram nos últimos anos, atrapalhando reparos estruturais e cuidados básicos ao prédio, construído há 200 anos.
Leia Mais
Maioria dos presidenciáveis não tem plano para preservar patrimônio, diz ACRJPimentel acusa Temer de novo 'golpe' contra MG com 'apoio de tucanos'Pimentel acusa PSDB pelo incêndio do Museu Nacional; Anastasia diz que declaração é para 'rir'TRE nega pedido de direito de resposta de Anastasia por causa de publicação de PimentelTRE rejeita pedido de cassação contra PimentelHistória científica consumida pelo fogoCandidata do PSOL convida alunos do Colégio Batista para marcha da maconhaNo questionamento inicial, feito pelo diretório acadêmico de Ciências do Estado, sobre a Proposta de Emenda à Constituição 241 (PEC) que cria um teto para os gastos públicos e congela as despesas do governo federal por até 20 anos - os candidatos lembraram da tragédia no Rio de Janeiro e aproveitaram para criticar o parcelamento e atraso nos salários dos servidores estaduais na atual administração em Minas.
“Estamos vivendo um estado de exceção, com ataques seguidos à população. A PEC restringe recursos de saúde e educação e está, com certeza, ligada na base da tragédia que ocorreu no Rio. Querem sucatear o ensino público”, disse Alexandre Flach.
Claudinei Dulim questionou a ausência dos candidatos de Pimentel e Anastasia e afirmou que falta compromisso dos candidatos de PT e PSDB, assim como do MDB, com os eleitores, ‘a academia, os alunos e a educação’.
Nas perguntas entre candidatos, João Batista Mares Guia foi ovacionado quando estipulou algumas metas no início da administração estadual caso seja eleito, como cortes em cargos comissionados, diminuição do número de secretarias, auditoria na Polícia Militar, avaliação patrimonial do estado e o combate ao que chamou de ‘privilégio das castas’, como salários do Judiciário.
Entre mais questionamentos e ataques às administrações de Pimentel e Anastasia em Minas Gerais, o debate teve momentos de forte oposição de propostas também entre Zema e Jordano, Mares Guia e Flach e Dirlene e Zema. Entre os momentos que cativou os alunos, a candidata do Psol garantiu que, caso eleita, 50% da gestão das secretarias de estado serão ocupadas por mulheres..