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Estado de Minas HORÁRIO ELEITORAL

PT insiste em Lula mas não o coloca como candidato em propaganda da TV

Um dia depois de o TSE dizer que ele não pode concorrer, a legenda disse que vai até o fim e acusou um novo golpe


postado em 01/09/2018 13:52 / atualizado em 01/09/2018 14:36

Lula falou rapidamente, apenas para dizer que está sendo julgado para não disputar a presidência(foto: Reprodução)
Lula falou rapidamente, apenas para dizer que está sendo julgado para não disputar a presidência (foto: Reprodução)

O PT usou a primeira propaganda no horário eleitoral gratuito de televisão, neste sábado (1), para dizer que vai insistir na candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva até quando não houver mais recursos. Pela manhã, no horário do rádio, ele ainda aparecia como o candidato a presidente de forma explícita.

No dia seguinte à decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de barrar a participação do petista na disputa por ser ficha suja, o partido abriu o programa na TV dizendo “a vontade do povo sofreu mais um duro golpe” com a cassação e, mais uma vez, afirmou que a Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu que Lula pode concorrer.

“A coligação 'O povo feliz de novo' entrará com todos os recursos para garantir o direito de Lula ser candidato. Não vão aprisionar a vontade do povo”, diz o locutor. Candidato a vice na chapa, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que se tornará titular na substituição, seguiu como narrador e porta-voz dos apoiadores de Lula, dizendo que as pessoas não podem perder o direito de escolher seu presidente. “Está havendo uma perseguição política ao presidente Lula, é isso que não podemos admitir”, disse.

Até o fim


Haddad, que também é advogado de Lula no processo para concorrer, disse que o petista não tem medo do debate ou de responder a qualquer questionamento. “A decisão está tomada, vamos com Lula até o fim porque ele é a maior autoridade política no país”, disse.

O programa mostra um curto depoimento de Lula em que o petista diz estar na situação de um inocente que está sendo julgado para evitar que 'volte a fazer o melhor governo do Brasil'. Lula diz ainda que passará à história como o presidente que mais fez pelo Brasil e que não sabe se seus julgadores passarão como juízes ou algozes.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, as inserções que foram entregues às emissoras na sexta-feira poderão ser veiculadas até segunda-feira. As novas terão de obedecer às regras decididas no julgamento dos ministros. Por elas, Lula não pode mais aparecer como candidato, o que lhe dá no máximo 20% do tempo para figurar como apoiador da chapa.

Alckmin e Meirelles escondem Temer


Os outros 12 candidatos a presidente deixaram suas estratégias bem claras no primeiro programa eleitoral de TV. A mais comum é se mostrar como portador da mudança e capaz de tirar o Brasil da crise.

Com maior tempo, o ex-ministro Henrique Meirelles (MDB) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) foram os que puderam falar um pouco mais.

Como o PT, Meirelles também usou Lula no programa, dizendo que o petista o chamou para resolver a crise. Depois, afirmou que o “chamaram” para consertar os erros da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), sem mencionar que foi o presidente Michel Temer (MDB), que tem alta rejeição popular, que o colocou no Ministério da Fazenda do governo atual.

Usando uma dinâmica mais arrojada na propaganda, semelhante ao que fez o prefeito Alexandre Kalil (PHS) em Belo Horizonte, Meirelles disse que não vai prometer nada. “Se promessas resolvessem algo, o Brasil seria uma maravilha”, disse.

Alckmin se apresentou como “cabeça e coração”. Com o maior tempo disparado no horário, se deu ao luxo de uma narrativa com pausas dramáticas da moça escolhida para apresentá-lo, ao falar dos discursos de ódio na internet e da divisão do país. Em seguida, usou vídeo já divulgado nas redes sociais que faz referência indireta ao principal oponente, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), que lidera as pesquisas eleitorais atrás de Lula. “Não é na bala que se resolve”, diz a peça.

Alckmin fala do passado como médico, prefeito, governador e diz que se preparou para o desafio de “unir os brasileiros” e “reconstruir o Brasil”. “Quero resgatar a confiança do Brasil e atrair investimentos, promete. O tucano mostra fotos da ex-presidente Dilma e do presidente Michel Temer, a quem o PSDB apoiou até às vésperas da campanha, para dizer que o país não quer olhar para trás. Já com a imagem de Bolsonaro, diz que o Brasil também não quer “errar de novo”.

Sem tempo para falar


Com pouco tempo, o ex-governador Ciro Gomes (PDT) usou o espaço para dizer que está “junto” com quem quer mudar o Brasil. “Tenho pouco tempo na TV mas muitas ideias para mudar o Brasil”, diz, convidando os telespectadores a visitar seu site.

A candidata Marina Silva (Rede) começou buscando reconhecimento das mulheres, dizendo que  que elas sabem o que é ser chamada de fraca e incapaz. “Juntas somos fortes e trabalhamos todos os dias. Não deixe que ninguém diga que você não pode”, afirmou.
O candidato do PSOl, Guilherme Boulos, é apresentado pelo ator Wagner Moura como quem tem coragem para enfrentar os privilégios.

Deus e rebelião


Na luta para conseguir dizer mais do que o próprio nome em alguns segundos, apareceram os demais candidatos: o senador Álvaro Dias (Podemos) pedindo ao eleitor para abrir o olho, Cabo Daciolo (Patriota) com seu “Glória a Deus”, Eymael (DC), com o Ey Ey Eymael e Vera lúcia (PSTU), pela rebelião.

Bolsonaro chamou os eleitores a caminhar juntos “rumo à vitória”. Também tiveram espaço João Amoedo (Novo) e João Goulart Filho (PPL).


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