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Estado de Minas

Corrupção e defesa de partidos do 'centrão' marcam entrevista de Alckmin ao JN

Mais da metade da entrevista foi marcada pelo tema com o tucano sendo questionado sobre possíveis 'incoerências' de seu discurso


postado em 29/08/2018 20:40 / atualizado em 29/08/2018 22:40

(foto: Reproducao da Internet/TV Globo )
(foto: Reproducao da Internet/TV Globo )

O candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, defendeu a aliança com os partidos do chamado “centrão” na noite desta quarta-feira durante entrevista ao Jornal Nacional da TV Globo.

O tema foi abordado após o candidato ser questionado sobre a quantidade de políticos investigados por corrupção que integram os quadros dessas legendas.

O assunto tomou mais da metade da sabatina e ainda avançou em nomes tucanos, como o senador Aécio Neves, acusado de irregularidades em desdobramentos das investigações na operação Lava-Jato e da condenação do ex-governador de Minas Eduardo Azeredo a mais de 20 anos de prisão por peculato e lavagem de dinheiro.

Perguntado sobre acordo feito com partidos do chamado “centrão” formado com legendas de centro /direita com muitos investigados por corrupção, o tucano disse que para conseguir ter um governo que consiga aprovar as medidas precisa fazer acordos políticos e que essas alianças tem essa finalidade.

“Nós temos bons quadros nesses partidos, Nós precisamos fazer maioria para fazer as mudanças que o Brasil precisa. Quem prometer mudança sem construir maioria é conversa fiada”, afirmou. Sobre as possíveis irregularidades, ele alegou que “quem deve será investigado”.

Ainda sobre o tema de corrupção e ética, o tucano foi questionado sobre quadros do PSDB que são alvos de investigação e até condenadas e se isso não representaria “incoerência” já que anteriormente Alckmin já citou o dito popular “diga com quem andas e te direi quem és” para condenar adversários.

Como exemplo foi citada a condenação de Eduardo Azeredo, ex-governador de Minas e questionou se não haveria constrangimento em ter ele é o senador Aécio Neves, acusado de cobrar propina, nos quadros do partido, mesmo nessa situação.

“O Aécio foi afastado da presidência do partido. Só fui eleito presidente do PSDB porque ele foi afastado. O partido fez tudo que tinha que ser feito”, afirmou e emendou dizendo que no caso de Azeredo a desfiliação seria pedida pelo próprio ex-governador de Minas. “Ele vai pedir o desligamento”.

O tema relacionado à corrupção ainda continuou sendo abordado. Em outro momento, Alckmin foi questionado sobre as denúncias feitas em delação que dão conta de pagamento de caixa dois na campanha dele ao governo de São Paulo.

Os apresentadores questionaram se ao declarar que se tratam de “mentiras” ele não estaria se contradizendo, já que ele e o partido dele apoiam os conteúdos das delações quando envolvem outras legendas.

“Minhas campanhas foram feitas de maneira simples e sem pagamento de propina”,disse. Ainda de acordo com o candidato não há irregularidades em suas prestações de contas e que o conteúdo dos depoimentos não são compatíveis com a verdade. “Sempre respeitamos a Justiça”, afirmou.

Os apresentadores ainda questionaram Geraldo Alkmin sobre a defesa que ele tem feito ao ex-secretário Laurence Casa Grande, que é acusado de irregularidades em contratos de obras na gestão tucana em São Paulo.

O tucano voltou a dizer que se trata de injustiça com o integrante do governo dele em São Paulo e voltou a negar que haja incoerência em atitude ao fazer a defesa do secretário. “(Laurence) É um injustiçado. Espero que amanhã quando ele for inocentado ele tenha o mesmo espaço”, disse. Alckmin ainda classificou o secretário como homem “sério e correto”.

Sobre segurança pública, Alckmin refutou a ideia de que tenha tido insucesso na condução de combate à criminalidade. Ao ser confrontado com dados que mostram a ampliação da atuação da organização criminosa PCC, o tucano disse que números da secretaria de estado demonstram qu os índices foram reduzidos.

Novamente confrontando sobre a expansão dos índices, o candidato afirmou que vai se ancorar em tecnologia e que a situação em São Paulo é melhor que a observada em outros estados. “10 mil pessoas deixaram de ser mortas por ano”, declarou.

Em relação a habitação, os jornalistas apresentaram dados que demonstram que o deficit de habitação aumentou em São Paulo durante a gestão de Alckmin, atualmente em mais de um milhão.

Sobre esse aspecto, Alckmin disse que o problema é observado também em outros estados e que a crise de arrecadação dos últimos anos inviabilizou a expansão dos números. “Eu vou fazer no Brasil um grande canteiro de obras, isso é emprego na veia”, disse, ao tentar rebater a pouca execuçaõ de obras em sua gestão.

Saúde também foi abordado durante a entrevista, mas, novamente tendo como linha questionamentos relacionados à gestão. O candidato foi perguntado se pretendia levar para o restante do país o modelo de “organizações sociais”, em que os hospitais são geridos por entidades que não são públicas e que vem sendo questionado pelo Tribunal de Contas do Estado de Sçao Paulo.

Nesse momento, o tucano afirmou que o modelo garante que o serviço seja público, mas que a administração não precisa ser. Perguntado sobre os repasses integrais a essas organizações, mesmo sem elas terem executados todos os serviços, o candidato disse que as recomendações feitas pelo TCE servem para “ajudar a melhorar a gestão”.


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