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Estado de Minas

Comício em BH é marcado por críticas a tucanos e defesa de Lula

Em ato que reuniu o candidato a vice-presidente Fernando Haddad e o governador Fernando Pimentel, os senadores Aécio Neves e Antonio Anastasia foram acusados de promover o impeachment de Dilma Rousseff


postado em 28/08/2018 22:26 / atualizado em 28/08/2018 22:53

Fernando Haddad e Fernando Pimentel defenderam a liberdade do presidente Lula(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
Fernando Haddad e Fernando Pimentel defenderam a liberdade do presidente Lula (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)

Com um banner do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao fundo e aos gritos de “Lula livre” a todo instante, o ato que seria para o lançamento do plano de governo do PT para Minas Gerais e o Brasil se transformou em um evento contra o PSDB e exaltação ao petista.

O palanque montado na Praça Duque de Caxias, em Santa Tereza, região Leste de Belo Horizonte, reuniu na noite desta terça-feira o candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Lula, Fernando Haddad (PT), o governador Fernando Pimentel, que disputa a reeleição, sua vice, Jô Moraes (PCdoB), a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), indicada para o Senado, e a deputada estadual pelo Rio Grande do Sul, Manuela D'Ávila (PCdoB).

Os discursos foram marcados por críticas à gestão de Aécio Neves e Antonio Anastasia em Minas Gerais e, especialmente, ao relatório feito pelo segundo no Senado e que culminou no impeachment de Dilma.

“Foi aqui que derrotamos os tucanos (em 2014, Pimentel venceu as eleições ainda no primeiro turno) e demos a vitória para Dilma. Agora, o promotor do golpe está querendo disputar as eleições para ser governador do estado outra vez”, afirmou Pimentel, interrompido na sequência pelos gritos de “Aécio e Anastasia, a mesma porcaria”.

O governador voltou a reclamar que encontrou um caixa estadual quebrado quando assumiu o Palácio da Liberdade e que o governo de Michel Temer (MDB) tem retido verbas para o estado.

Já Fernando Haddad argumentou que Lula foi o governante que mais veio a Minas Gerais e os mineiros souberam reconhecer a atuação do petista pelo estado – tanto que Dilma venceu as eleições nas duas vezes em que disputou, a segunda delas, contra Aécio Neves.

“No mesmo dia em que Dilma foi reeleita, começaram a desestabilizar as instituições brasileiras, uma oposição liderada por Aécio Neves. Nunca imaginei que o neto do chamado mártir da democracia (Tancredo Neves) atentaria contra a própria democracia. E o parceiro nesse atentado tem um nome: Anastasia”, disse. O senador Aécio Neves é candidato a deputado federal nestas eleições.

Indicada para a disputa ao Senado, Dilma Rousseff disse que a eleição tem dois lados: um daqueles “responsáveis pelos maiores avanços do país” e outros dos “golpistas”que trouxeram o retrocesso. Dizendo-se injustiçada e vítima de um golpe, ela afirmou que voltou para Minas Gerais para “lutar por Minas e pelo Brasil”. E lamentou a prisão de Lula, que segundo ele é perseguido pelas suas 'qualidades'. 

A chapa tem um segundo candidato ao Senado, o deputado federal Miguel Corrêa Júnior. No entanto, ele não participou do evento, não teve o nome incluído no material distribuído no local nem nos banners, e nem foi citado no palanque.

 'Jogo de cena'

Do palanque, Haddad afirmou acreditar que a Justiça vai acatar determinação do Comitê dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) para que o país libere a candidatura de Lula. A expectativa é que no próximo dia 4 a Justiça Eleitoral decida se o petista pode ou não disputar a presidência da República. Por ter sido condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4 Região (TRF4) no caso do triplex, Lula estaria inelegível pela Lei da Ficha Limpa. 

“Não é pouca coisa a ONU dizer isso”, afirmou, lembrando que o Brasil é signatário de vários tratados internacionais. Segundo ele, a orientação da ONU reforça a defesa da indicação de Lula para o cargo, enquanto muitos dizem que trata-se apenas de um “jogo de cena”.

Durante o evento foram vendidas vendidas camisas com os rostos de Lula, Haddad e de Dilma a R$ 20. Nos dizeres das camisetas sempre frases como "Lula Livre" e "Dilma senadora". Chamou a atenção, no entanto, a falta de produtos com apoio à reeleição do governador Fernando Pimentel.


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