O número de candidatos a cargos públicos em 2018 em Minas Gerais, o segundo Estado em votos no País, é o maior desde o retorno das eleições diretas para governador, em 1982. O total de partidos nas urnas também é recorde para o período.
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PT não envia representante para estúdio de TVRaquel Dodge pede ao STF que Dirceu retorne à prisãoAlvaro Dias critica manifestação de comitê da ONU sobre LulaMinas tem hoje um dos cenários mais inusitados da política nacional, com personagens de escândalos disputando as eleições. O senador Aécio Neves (PSDB), investigado na Operação Lava Jato e flagrado em conversa telefônica com o empresário Joesley Batista, é candidato a deputado federal. Aécio governou o Estado por duas vezes.
Também investigado, mas na Operação Acrônimo, o governador Fernando Pimentel (PT) disputa a reeleição. A ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que sofreu impeachment em 2016, briga por vaga ao Senado.
Desinteresse
Eleições suplementares para prefeito realizadas em junho em três cidades de Minas dão mostra do desinteresse do eleitor em ir às urnas.
Na menor, Pocrane, no Vale do Rio Doce, com 5,5 mil eleitores, o comparecimento foi de 76%, com 1,3% de votos em branco e 5,2% de nulos. Já em Guanhães, também no Rio Doce, com 16,6 mil eleitores, o comparecimento foi de 68%, com 3,5% de votos em branco e 8,7% de nulos. Nas eleições para presidente, governador, senador e deputados, em 2014, o comparecimento às urnas no Estado foi de 79,98% no primeiro turno.
No sentido inverso, o número de partidos que participam do pleito no Estado em poucos momentos se reduziu, na comparação com as eleições imediatamente anteriores, desde o começo da abertura política. Começou com PMDB, PDS, PT e PDT em 1982, foi para 15 em 1986; 22 em 1990; 18 em 1994; 26 em 1998; 21 em 2002; 25 em 2006; 27 em 2010, e 28 em 2014, três as mais que as legendas na disputa de 2018.
Corrida
Os dados do TRE-MG, disponíveis por completo a partir de 1994, mostram que os registros que mais crescem ao longo dos anos é para as eleições proporcionais. A briga é mais intensa por vagas na Câmara dos Deputados, que passaram de 328 pedidos de registro naquele ano para 849 em 2018. Minas Gerais tem 53 assentos na Casa.
O número de candidatos nas eleições majoritárias no Estado se mantém em patamares parecidos. Em 1994, foram oito candidatos ao governo e 12 ao Senado (disputa por duas vagas). Em 2014, foram lançados oito nomes ao Palácio Tiradentes e oito ao Senado (disputa por uma vaga). Este ano, o total é de 9 candidatos ao governo e 15 ao Senado (disputa por duas vagas)..