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Estado de Minas

Coluna do Baptista Chagas de Almeida


postado em 07/08/2018 12:00 / atualizado em 07/08/2018 07:46


Nossa Senhora da Aparecida ilumine


Se teve direito à vida de um lado e questão de saúde pública de outro, melhor não entrar no mérito da questão e tratar de outra necessidade. A imensa maioria dos brasileiros concorda que é preciso abortá-la. Para deixar claro de uma vez, trata-se de abortar a corrupção. Quantas vidas deixam de ser salvas por que o dinheiro público não chega a quem, de fato, dele necessita?

Antes, porém, é melhor deixar claro que a polêmica foi tema da discussão no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a descriminalização da interrupção voluntária da gestação até a 12ª semana da gravidez. Sendo assim, direto ao assunto: “STF decide com a racionalidade que o direito impõe”, nas palavras da presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia.

Feito o registro, melhor voltar à política, embora, nos últimos tempos, ela tem passado mais pelo Judiciário. Inclusive na formação de chapas majoritárias nas eleições deste ano. Basta a briga entre o ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB) com a direção nacional de seu partido. E é apenas um exemplo de disputas país afora.

Todos os partidos fazem a mesma coisa. O PSB também. Diante da briga que continua, vale ressaltar: com a disputa com a direção nacional em torno da indicação de Marcio Lacerda para o governo do estado, os socialistas usaram o artifício. Deixaram a ata em aberto. Na tradução simultânea, pode haver novos capítulos. Improvável ou não, a brecha existe.

Se até o apresentador Luciano Huck, aquele que foi sem nunca ter sido, voltou a dar pitacos políticos, será que vai falar de política em seu programa global? Corre risco, não. Ele não é o Faustão, que falou o que bem entende sem ligar para a emissora em seu programa ao vivo no domingão.

Mas Huck atacou Geraldo Alckmin (PSDB) como “representante da velha política” e elogiou Marina Silva (Rede) dizendo que a “integridade dela é inegociável”, fez questão de deixar claro: “Minhas preferências nunca escondi, mas campanha não vou fazer. Não vou declarar voto, nunca declarei. Todo mundo sabe que tenho respeito e admiração pela Marina, como tenho pelo Alckmin”. Ihh! Tucanou de jeito.

Se tem data marcada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em plena Basílica de Nossa Senhora de Aparecida para debate envolvendo os candidatos à Presidência da República, melhor esperar que a padroeira do Brasil os ilumine e eles rezem para não dizer besteiras e muito menos mentir dentro da igreja. Seria pecado mortal.


Poderá, viu?
É assim que os senadores tratam do assunto. É que há requerimentos, ainda não aprovados, para a instalação de comissões parlamentares de inquérito (CPIs). Estão na fila: o nada saudável reajuste de preços dos planos de saúde, o curto-circuito em torno da privatização da Eletrobras e ainda os salários dos marajás do serviço público, embora o registro oficial trate de salários acima do teto constitucional. A propósito, tem ainda os preços dos combustíveis. Vai dar combustão. Melhor esperar pela instalação delas, né?

Melhor esperar
Ontem, a sessão na Câmara dos Deputados nem sequer foi aberta. Hoje, às 15h, haverá reunião da Mesa Diretora da Casa para definir o que será votado esta semana. Certo mesmo é que os deputados pretendem chegar mais à noite ou amanhã. A prioridade são os palanques de olho na reeleição. Ah! Nem o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) deu as caras, afinal ele estava em Belo Horizonte para apoiar Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que desistiu de disputar o governo de Minas. Mas Maia não vai contrariar os colegas, porque é candidato a continuar no comando da Câmara no ano que vem.

Apito do trem
Se o Dnit não foi à Assembleia, a Assembleia vai ao Dnit, como ensina o ditado de Maomé. E vai de trem. É que hoje o deputado João Leite (PSDB) visitará a Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), para apresentar reivindicações sobre a reestruturação da malha ferroviária de Minas. Presidente da Comissão Extraordinária Pró-Ferrovias Mineira, João Leite vai reforçar o convite para que seus dirigentes compareçam na comissão, quinta-feira agora, para tratar do abandono dos equipamentos ferroviários sob a responsabilidade do órgão. A maioria está abandonada.

Surtou
Escolher bem as palavras faz muito bem a quem pretende se candidatar à Presidência da República. Não é o caso do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB). Afinal, foi em  evento que ele declarou a intenção de fazer “o maior surto de construção da história do país e um dos maiores do mundo”. Surto atualmente, os assessores de Meirelles deveriam ter corrido para avisá-lo, virou gíria com direito a verbo. E surtou quer dizer: endoidou, enlouqueceu, se descontrolou e por aí vai.

Tem bases?
Blockchain é uma tecnologia que visa a descentralização como medida de segurança. São bases de registros e dados distribuídos e compartilhados que têm a função de criar um índice global para todas as transações que ocorrem em determinado mercado. Entendeu? Nem eu! Melhor esperar até quinta-feira para saber. Afinal, a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços faz o seminário “Blockchain: seu uso na gestão pública, na governança digital. Vantagens e riscos”. Melhor esperar o seminário na Fundação Getulio Vargas (FGV). Será em São Paulo.

PINGAFOGO

Para deixar claro o surto do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, ele falou em destinar R$ 80 bilhões para a conclusão de mais de 7 mil obras que se encontram hoje paralisadas. Uai, quando era ministro elas já estavam lá, né?

Durou menos que 24h. Isso mesmo, trata-se do tempo que levou a candidatura que não houve de Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Como bom correligionário, como já disse, até o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), participou.

Rodrigo Pacheco anunciou que vai disputar o Senado, não mais o governo. Com Rodrigo Maia ele teve encontro com o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) e, óbvio, vai apoiar o tucano. Se até Geraldo Alckmin (PSDB) correu pra cá...

Para não entender: A blockchain é vista como inovação tecnológica do bitcoin. Por sua vez, ele é visto como prova de todas as transações na rede. O projeto serve de inspiração para o surgimento de novas criptomoedas e de bancos de dados distribuídos. Piorou, né?

Sendo assim, melhor parar por aqui. Com a manobra da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desistindo do pedido de liberdade dele, melhor esperar para saber o que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) vão achar disso.

 


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