O Ministério Público Federal (MPF) de Goiás divulgou, nesta segunda-feira, a lista de páginas e perfis excluídos pelo Facebook no último dia 25 de julho. A relação foi pedida pelo procurador da República Ailton Benedito. Entre as contas retiradas pela plataforma, estão usuários ligados ao Movimento Brasil Livre (MBL).
De acordo com o MPF, o procurador investiga o Facebook desde setembro de 2017 por “supostos atos de censura e bloqueio” de usuários brasileiros. Ao todo, foram retirados 196 páginas e 87 perfis (veja aqui a lista).
“Pelo grande interesse da sociedade nos fatos em apuração, o MPF dá publicidade e transparência às investigações e à lista recebida do Facebook”, publicou o procurador.
A plataforma alega que, após investigação, constatou que “as páginas e contas faziam parte de uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas.”
Na resposta ao MPF, o Facebook acrescentou que as páginas e perfis pessoais trabalhavam para gerenciar ou perpetuar e enganar as pessoas, gerando desinformação.”
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Facebook exclui páginas ligadas ao MBL que propagavam fake newsFacebook terá de justificar retirada de páginas em até 48 horas, diz MPF/GOCoordenador da Frente Parlamentar Mista Brasil 200 propõe criar 'CPI do Facebook'Facebook e Google assinam acordo com TSE contra disseminação de 'fake news'Membros do Conselho do MPF veem com preocupação prazo para ação de improbidadeHá também contas que usam identificações simulando nomes de veículos de imprensa como G1- Portal de Notícias, CBM News e Portal Saúde.
Uma das páginas que saíram do ar tinha o nome de "Jornalivre", e tinha 128 mil seguidores. De acordo com postagens identificadas pela reportagem, os integrantes do MBL não escondiam que essa página era ligada ao grupo.
Nas publicações, a página "Jornalivre" atacava políticos e personalidades e usava manchetes e textos sensacionalistas e com uma grande quantidade de adjetivos para convencer os internautas das afirmações que fazia.
O líder do MBL e pré-candidato a deputado federal pelo DEM, Kim Kataguiri, admitiu que apenas uma das páginas retiradas do ar pelo Facebook nesta quarta-feira, Brasil 200, é ligada ao MBL. Ele negou as acusações de fake news e disse que vai entrar na Justiça.
"Tinha uma que era, sim, ligada à gente, que é a Brasil 200. Mas a do Diário Nacional e do Jornal Livre não, são parceiros nossos", disse Kim, após participar na plateia do Fórum Reconstrução Brasil, promovido pelo grupo Estado..