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Estado de Minas

Coluna Baptista Chagas de Almeida


postado em 31/07/2018 12:00 / atualizado em 31/07/2018 07:24

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

Campanha nacional: vacinação na política

Era apenas um aviso, já que será hoje o anúncio do lançamento da Campanha Nacional de Vacinação contra a poliomielite e sarampo. Quem fará: o ministro da Saúde, Gilberto Ochi. O motivo é a volta dessas doenças (pelo jeito tem mais) que já haviam sido praticamente erradicadas do país.

Registro feito, melhor seria campanha de vacinação contra a corrupção que assola o país. A erradicação dela é mesmo difícil. A política nacional é que está doente. O descrédito dos brasileiros com os políticos não será vacinado nas urnas. A política nacional é que está doente e é suprapartidária. E sem compostura.

Basta o exemplo do ex-líder do PT na Câmara dos Deputados nos governos Lula e Dilma Cândido Vaccarezza. Preso em Curitiba pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal (PF) em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), deixou a prisão, mas não quitou a fiança de R$ 1,5 milhão imposta pelo juiz Sérgio Moro.

Se tinha “insuficiência financeira”, como alegou Moro e agora faz vaquinha para disputar a campanha eleitoral deste ano, por que não fez isso para pagar a fiança? Pelo jeito, antes do palanque, agora terá de pagar. É só esperar.

Crise por crise, o PSDB sobe no muro, como não poderia deixar de ser e renega a candidatura a deputado federal do senador Aécio Neves. O presidenciável do partido, Geraldo Alckmin (SP), diz aguardar uma “reflexão” do mineiro. “Vamos aguardar que o Aécio, fruto da sua reflexão, decida se será candidato e a quê”, avisou.

Precisa esperar não. Aécio será candidato a deputado federal e nem aí se seu nome será usado para ataques a Alckmin. Afinal, precisa de foro privilegiado por causa de seus problemas na Justiça. Leia-se, a aprovação no plenário da Câmara dos Deputados para ser processado.

Além disso, no meio do caminho do tucano paulista tem o Centrão. Basta ele para abrir o tiroteio para ataques à sua candidatura. O fisiologismo dos partidos que o integram fala por si. Perguntado, Alckmin tucanou, fingiu que a conta não virá e que não houve, até agora, exigência de cargos dos nove partidos que o apoiam. Palavras dele.

Enfim, se a política não anda saudável, tem ainda a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Ela revogou a norma que permitia aos planos de saúde cobrar até 40% nos procedimentos médicos. Não fez mais que a obrigação. A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, já tinha suspendido mesmo.

No lixo, não!
“Tal medida é justa, proporcional e razoável. Muitos pacientes deixam de frequentar restaurantes e bares para não se sentir lesados na hora de pagar a conta, sem contar o desperdício de comida que vai para o lixo.” É a justificativa do deputado Francisco Floriano (DEM-RJ), autor do projeto de lei que obriga “descontos em restaurantes de até 50% para quem passou por cirurgia bariátrica”. E o restaurante fica sujeito a multas de R$ 1 mil e de até R$ 10 mil, se for reincidente.

Guardanapos
“Achava entediantes as sessões no Senado, faltava a muitas delas. Tornou-se o maior frequentador do café da Casa e gastava o tempo à espera da eleição de 2006. Ainda conseguiria aprovar o Estatuto do Idoso, um reforço de peso para continuar com o apoio desta parcela expressiva do eleitorado...”

“Nas negociações para trazer para o Rio de Janeiro as Olimpíadas de 2016, que ficaram conhecidas como Rio’2016, Cabral estava em Paris, no Hotel Prince de Galles. Naquele instante, se afasta um pouco do grupo para atender a um telefonema de Lula, que pede humildade na disputa. Quem está mais próximo ouve apenas a saudação: ‘Meu Barack Obama tropical, muito bom dia!’.”

Trechos do livro A farra dos guardanapos,com o subtítulo “O último baile da Era Cabral”. Nele, a história que nunca foi contada, escrita pelo jornalista Sílvio Barssetti.

É plural, sim

CALHEIROS ANUNCIAM VOTO EM LULA “OU EM QUEM ELE INDICAR”. Doeu no ouvido o plural do título de site sindical, mas não estava errado. É que a matéria tratava das candidaturas à reeleição de Renan Calheiros ao Senado e de Renan Filho ao governo de Alagoas. Ambos do MDB do presidente Michel Temer, o recordista nacional de rejeição. Faz sentido o voto no ex-presidente Lula. Ainda mais no Nordeste.

O alerta já foi

A Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams) iniciou campanha de alerta no Norte de Minas sobre o risco de interrupção de serviços essenciais para a população, como o transporte escolar e os exames e consultas na área de saúde. Tudo isso por causa da retenção dos recursos estaduais destinados aos municípios. Os prefeitos estão fazendo pressão sobre o governo do estado pela liberação dos repasses. Para registro, a Amams reúne 86 municípios do Norte de Minas.

Trilha sonora
Hotéis, motéis e pousadas podem ficar isentos da taxa do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) relativas às músicas tocadas nos quartos. A notícia é essa. Vale o registro de que o projeto de lei com esse objetivo (PLS 206/2012) é da senadora Ana Amélia (PP-RS). Ele está na pauta da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR). Na tradução simultânea, trata-se dos direitos autorais.

PINGAFOGO

“Sobre essas questões pontuais levantadas, nós vamos solucionando pouco a pouco, porque, digo eu, essas coisas não se resolvem de um dia para outro.” A declaração é do presidente Michel Temer, sobre renegociação de dívidas das indústrias com bancos.

Sendo assim, chama o Martinho da Vila, tem trilha sonora bem apropriada para a questão: “É devagar... É devagar... é devagar, devagarinho, É devagarinho. É devagar. Se você não acredita, você pode tropeçar”.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não quer, mas o Federal Reserve, o banco central norte-americano, está nem aí. Deve manter as taxas atuais e avisar que vai aumentá-las ainda este ano.

Com a temporada de convenções país afora, fica cada vez mais claro que os partidos, com poucas exceções, negociam já de olho nos cargos dos governos estaduais. Só falta, no entanto, combinar com os eleitores.

Enfim, com trilha sonora e tudo mais, o melhor é parar por aqui, sem tropeçar nas palavras e nas regências gramaticais. Deixa isso para quem discursa nos palanques. De improviso é cada uma...

 


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