Analistas da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (DAPP-FGV) inauguraram nesta quarta-feira, 25, a Sala da Democracia Digital, uma espécie de "centro de operações" que vai monitorar o debate público durante a campanha eleitoral deste ano.
O objetivo da iniciativa é identificar tentativas de amplificação artificial de conteúdo, manipulação de informação com uso de robôs e uso das chamadas notícias falsas nas eleições 2018. O projeto também pretende acionar atores importantes para impedir o fluxo da boataria online.
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Facebook exclui páginas ligadas ao MBL que propagavam fake newsFacebook terá de justificar retirada de páginas em até 48 horas, diz MPF/GOCoordenador da Frente Parlamentar Mista Brasil 200 propõe criar 'CPI do Facebook'Os analistas também vão monitorar as percepções da sociedade sobre a agenda de políticas públicas e o debate econômico, com o escopo focado em política. O jornal O Estado de S. Paulo é um dos parceiros de mídia da DAPP-FGV. A rádio CBN, a agência de fact-checking Lupa e o portal digital Nexo Jornal também fazem parte do projeto.
Para o diretor da DAPP-FGV, Marco Aurélio Ruediger, há uma preocupação muito grande com a amplificação artificial de conteúdos durante o período eleitoral, devido ao fato dos "bots" (softwares que controlam contas de redes sociais se passando por usuários comuns) estarem cada vez mais sofisticados.
Um diferencial do monitoramento é a visão sistêmica sobre o fluxo de desinformação no debate público, que é baseada em análise produzida pelo Instituto Tecnologia e Equidade (IT&E). A organização mapeou os principais atores do cenário de comunicação eleitoral e identificou "pontos de alavancagem" - ações que podem provocar mudanças estratégicas. "Você precisa entender o que está acontecendo, mas também precisa ativar atores dentro do sistema", afirma o diretor do IT&E, Márcio Vasconcelos..