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Estado de Minas

Antônio Andrade entra na Justiça contra sua destituição do comando do MDB de Minas

Vice-governador de Minas pede suspensão imediata da dissolução do diretório estadual e a suspensão dos atos da comissão provisória


postado em 23/07/2018 18:47 / atualizado em 23/07/2018 19:07

(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)

O vice-governador de Minas Antônio Andrade (MDB) entrou nesta segunda-feira com ação na Justiça Eleitoral contra a decisão do diretório nacional do partido que o destituiu da presidência estadual da legenda.

Andrade alega que foi vítima de um “golpe” dado por parlamentares da legenda, que, "movidos por interesses pessoais, sem pensar no partido", articularam para que ele fosse retirado do posto. No pedido feito à Justiça, ele pede que a dissolução seja suspensa e os atos tomados pela comissão provisória sejam considerados nulos.

“Diante desse quadro completo de derrocada na convenção partidária é que os deputados estaduais e federais do MDB, buscando viabilizar a eleição de expressivas bancadas à Câmara Federal e à Assembleia do estado, ou seja, movidos por interesses pessoas e não partidários, 'pediram a cabeça' do requerente e que assumissem os rumos do partido”, afirma o vice-governador em trecho da ação.

Entre os argumentos apresentados na ação, assinada pelo advogado Joel Gomes Moreira Filho, ex-vereador da capital pelo partido, está até o rompimento de Andrade com o governador Fernando Pimentel e o aumento do número de prefeitos do MDB no estado.

O fim das relações entre Andrade e Pimentel fez com que o vice-governador se dedicasse a aumentar o número de prefeitos do MDB. Situação contrária vivida pelo PT.

Isso teria feito com que muitos ex-prefeitos disputassem neste ano um vaga na Assembleia ou na Câmara, o que teria tornado a chapa interessante, o que chamou a atenção dos parlamentares do MDB para coligar com os petistas e, assim, conseguir puxar votos.

O clima pouco amistoso dento do MDB de Minas se acirrou na semana passada, quando o deputado federal Saraiva Felipe (MDB) foi nomeado pelo presidente nacional da legenda, senador Romero Jucá (RR), presidente da comissão provisória, encarregado de conduzir a política de aliança do partido no estado.

Ao justificar a sua decisão de nomear Saraiva Felipe, Jucá expôs os antecedentes do conflito: em 11 de julho, durante a reunião da Comissão Executiva Nacional, o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Fábio Ramalho (MDB), leu documento assinado por todos os 13 deputados estaduais e cinco federais em que comunicou a autodissolução do diretório estadual de Minas.

Na ocasião, foi delegada a Jucá a análise e decisão do pedido, com poder, inclusive, para nomear a comissão provisória. Como foram encaminhadas originais de renúncia, com firma reconhecida em cartório, de mais da metade dos membros do diretório – 43 titulares e 12 suplentes do total de 70 –, pelo estatuto, foi confirmada a dissolução da instância partidária.

Além de Saraiva Felipe para presidir a comissão provisória, Jucá nomeou o deputado estadual João Magalhães como tesoureiro. Foram também indicados membros da provisória os deputados federais Leonardo Quintão e Newton Cardoso Júnior, os estaduais Iran Barbosa e Leonídio Bouças e o ex-deputado Luiz Tadeu Leite. 

 


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