São Paulo - A candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) ao Palácio do Planalto é vista pelo sistema partidário como sendo de "alto risco", segundo cientistas políticos ouvidos nesta quarta-feira, 18, pelo jornal O Estado de S. Paulo.
O professor da UnB David Fleischer avaliou que o problema é que as siglas não têm um "candidato agregador". Os presidenciáveis Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin (PSDB) não cumpririam esse papel, segundo ele. "Bolsonaro é tóxico e os partidos têm medo de isso prejudicar suas outras candidaturas", disse Fleischer.
Na avaliação de Carlos Melo, do Insper, Bolsonaro está "confinado" num campo significativo, mas restrito da sociedade. Segundo ele, para grande parte dos partidos, pouco interessa apostar num eventual "campeão" de primeiro turno que fique no meio do caminho, no segundo turno. "Políticos fazem a conta e são avessos a riscos", explicou.