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Estado de Minas

Coluna Baptista Chagas de Almeida


postado em 26/06/2018 12:00 / atualizado em 26/06/2018 07:29

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

Haja veneno nos pratos de comida

Um minuto. Tereza Cristina (DEM-MS). Dirigiu entidades como Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) e Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), foi superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e da Fundação Nacional para o Desenvolvimento Rural (Funar). Tudo isso em Campo Grande (MS).

Tudo isso levou tempo, mas no comando da reunião deliberativa do projeto que regula defensivos fitossanitários um minuto só para a declaração de voto. Questões de ordem, pedidos de discursos e por aí vai, nem pensar. Bem, nem tanto, o pessoal da bancada ruralista fez o seu comercial. A oposição, vale repetir, só um minuto.

Bem, líderes podiam encaminhar voto. Claro que a oposição foi contra nas palavras de um de seus vice-líderes. Quem tem mais argumentos para defender? Perguntou Alessandro Molon (PSB-RJ) e ele mesmo respondeu: “Vamos votar contra este projeto que vai colocar mais veneno no prato de comida dos brasileiros. Quem no Brasil tem mais conceito do que a Fiocruz e o Instituto Nacional do Câncer (Inca) para falar desta questão, órgãos públicos e sem interesse econômico no cargo?”.

Só para lembrar, a sessão da comissão foi suspensa semana passada. É aquela em que havia “uma mala com simulação de bomba” na sala da reunião. Tanto que o local foi isolado pela Polícia Legislativa. Quem assumiu o “atentado” foi o Greenpeace Brasil.

Se havia outro projeto, que foi apensado, do deputado Covatti Filho (PP-RS), revogando a Lei dos Agrotóxicos (7.802/89) e substituindo o termo “agrotóxico” por “defensivo fitossanitário” e “produto de controle ambiental”, melhor deixar pra lá. Só explicar que apensado é proposta semelhante que passa a tramitar junto com o projeto mais antigo.

Tem mais um detalhe, que tenta colocar mais veneno por causa da decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). “A solução do processo transcende a subjetividade das partes, por envolver a aplicação – ou melhor, a restrição indevida – das mais relevantes garantias constitucionais individuais, tais como o contraditório, a ampla defesa, a presunção de inocência, ou, em resumo, o devido processo legal.”

Se tem transcende no meio do caminho do pedido da defesa do ex-presidente Lula, só um detalhe: transcendental é tudo aquilo que está além dos limites conhecidos do universo. É só um dos sinônimos, mas é bem apropriado.

Primo indicou
O ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello reclama e culpa a presidente Cármen Lúcia por manter na prisão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em junho de 2010, Marco Aurélio foi um dos quatro ministros que votaram contra a constitucionalidade da aplicação da Lei da Ficha Limpa para as eleições daquele ano. Para registro, como o sobrenome indica, o ministro é primo de Fernando Collor de Mello que o indicou para o cargo no STF. É, ele mesmo, aquele do impeachment e hoje senador.

Papai ajudou?
A dois meses da eleição de outubro, o deputado estadual Léo Portela (PR) pediu formalmente à Mesa da Assembleia “providências” para que os salários de R$ 25.322,25 sejam cortados à metade. Os dois requerimentos neste sentido foram publicados no Diário Legislativo de sábado. Disse ainda: “Estou exigindo que o corte de 50% dos salários dos deputados e 50% do número de vagas de deputados”. O papai dele é Lincoln Portela (PR) que recebeu doação de R$ 1,5 milhão, a maior de todos os deputados federais mineiros da lista da JBS, que dispensa apresentações.

Agronegócio
O deputado Felipe Attiê (PTB), em reunião da Comissão de Agropecuária e Abastecimento da Assembleia Legislativa (ALMG), defendeu a importância do agronegócio e do setor sucroenergético para o estado, em especial nos municípios do Triângulo Mineiro, como Canápolis e Campo Florido, que estão com usinas fechadas. “Devemos entender nossa força e vocação. É fundamental fazer todo o esforço possível para valorizar o trabalho no campo.” E ressalta Attiê: “A reabertura das usinas vai gerar empregos”.

Bons ventos
Quem dera pudesse ser na política, não é mesmo? Mas é boa notícia assim mesmo. É energia limpa, sem necessidade de inundar mundos e fundos das hidrelétricas. O recorde foi no Nordeste. Atingiu 6.475 megawatts médios ou 70% da carga de energia elétrica desse subsistema. E só dele, para deixar claro. Afinal, de acordo com o Operador Nacional do Sistema (ONS), a geração eólica país afora já corresponde a mais de 10% da geração de energia elétrica no Brasil. Energia limpa, vale ressaltar.

A humildade
Se as notícias esportivas preferem dar mais visibilidade e títulos como o “Só deu VAR”, o detalhe mais importante deveria ser o fato de ter caído a “máscara” de Cristiano Ronaldo. Bem, foi com ajuda do VAR, mas o português, mascarado como ninguém mais, perdeu o pênalti. É a penalidade máxima que o VAR marcou. Também com o VAR, Ansarifard cobra pênalti a favor do Irã e faz o gol com categoria, lá na gaveta. Se teve chance no último minuto e foi desclassificado da Copa, deixa pra lá. Cristiano ficou de fato foi com a língua para fora.

PINGAFOGO

Em tempo, faz de conta que foi bacana o ato do deputado Léo Portela de abrir mão do imoral auxílio-moradia. Afinal, nasceu e mora em Belo Horizonte. Já que não ofende, por que precisaria da regalia?

Integrantes do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) têm agenda hoje com o pré-candidato ao governo do estado Antonio Anastasia (PSDB). O encontro marca o anúncio de apoio e será anunciado pelo presidente estadual petebista, Dilzon Melo.

Aliás, ainda sobre o texto que abre a coluna, a bancada ruralista venceu mais uma, o placar em favor de flexibilizar a Lei dos Agrotóxicos foi de 18 a 9. Ainda faltam os destaques, mas o que interessa é o apelido que a oposição deu: “PL do Veneno”.

Agora é fato. O Ministério Público Federal (MPF) apresentou denúncia contra o ex-procurador-geral da República Marcello Miller. Aquele que, antes mesmo de deixar o cargo, já estava empregado no grupo JBS.

Se o dólar sobe, embora ontem com o Banco Central no meio do caminho tenha ficado estável, e mesmo assim o gasto de brasileiros no exterior tem alta expressiva, de 7,9%, melhor ficar por aqui. Sem viajar para o exterior.

 


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