Jornal Estado de Minas

Em estado de atenção, combustível não falta

Em estado de atenção, combustível não falta

Palácio do Jaburu. 10h. Raul Jungmann, ministro extraordinário da Segurança Pública. Às 10h30, senador Aécio Neves (PSDB-MG). Palácio do Planalto. Depois, o horário mudou, foi para as 11h. E ainda antes de almoçar, recebeu, às 12h30, João Henrique de Almeida Sousa, presidente do Conselho Nacional do Sesi. O que interessa mesmo foi a agenda das 17h: Esteves Colnago, ministro de Estado do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.

E a que interessa ainda mais ainda foi às 18h: Eliseu Padilha, ministro de Estado chefe da Casa Civil da Presidência da República; Eduardo Guardia, ministro de Estado da Fazenda; Moreira Franco, ministro de Estado de Minas e Energia; Esteves Colnago, ministro de Estado do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; e Jorge Rachid, secretário da Receita Federal do Brasil.

Com a lista acima fica fácil adivinhar o assunto, embora não detalhado oficialmente.

São as estradas país afora e os caminhoneiros. Afinal, se o Brasil ainda importa combustíveis, o que importa nas rodovias são os protestos, os congestionamentos, sendo que o maior foi em Minas Gerais, principal malha rodoviária do país.

Colocando o pé no freio da agenda presidencial e dos protestos de caminheiros, o melhor do dia ainda estava por vir no evento batizado de “1ª Ação Nacional de Enfrentamento à Corrupção”, do Ministério Público Federal (MPF). O tema era propiciar discussões e interlocuções em relação à corrupção e o combate a ela.

E quem apresentou foi a procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Basta um trecho, só um fragmento, do discurso dela: “Esperança de que a corrupção que antes era volumosa, mas desconhecida, finalmente começa a ser revelada e debelada”.

Se foi de propósito, deixa pra lá. Afinal, a esperança venceu o medo faz tempo. E foi jogada fora depois. A lista de processos que já vieram e ainda estão por vir da Operação Lava-Jato da Polícia Federal (PF) basta.
Quem encabeça nem precisa dizer.

Afinal, o serviço de meteorologia alerta sobre o frio e a baixa umidade em Belo Horizonte, o que  coloca a cidade em estado de atenção. A massa de ar polar chegou com força. Quente, no entanto, continua a política, movida a gasolina com os impostos sobre ela. Basta o informe oficial da Petrobras: “O que a companhia faz é refletir essa variação de preço do mercado internacional”.

Experiente

Mais um candidato ao Senado surge em Minas. Trata-se do promotor Joaquim Miranda, do PSC, partido que apoia o pré-candidato ao governo Antonio Anastasia (PSDB). Durante 30 anos, ele foi coordenador da área criminal do Ministério Público Estadual (MPE). No cargo, lutou contra a criminalidade, daí ele dizer que pretende levar para o Senado, se eleito, toda a sua experiência na área e unir forças para combater a corrupção. “Estarei defendendo nossa sociedade, combatendo o crime e a corrupção e lutando pelo respeito aos valores democráticos e sociais”, ressalta.

A carteirada
O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), barrado no baile dias atrás, usou o fato de ser advogado para estar com o ex-presidente Lula ontem.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) conseguiu liminar para ele entrar. “Pouco importa se em cada ato tenha 10 ou 500 pessoas. O importante é o somatório em todo o Brasil, para deixar claro que o presidente Lula é o nosso candidato.” E Wadih ainda avisou: “Lula não quer indulto, quer ver sua inocência reconhecida”.

Cara a cara
Prometer ele já tinha feito, mas agora garante que vai cumprir. Quem ouviu a promessa do presidente Michel Temer (MDB) foi o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que esteve com ele no Palácio do Planalto ontem. Temer assumiu o compromisso de liberar as emendas de bancada e seguir o pedido de privilegiar a área de saúde e retomar as obras das barragens de Berizal, Congonhas e Jequitaí, que não terminaram. Em dívida com Minas Gerais, Temer está mesmo. O jeito é torcer para ele cumprir as promessas de agora.

Ingressos à venda
Como sabem, o partido Novo não utiliza o fundo partidário, portanto, este evento é para arrecadação de recursos. Os convites estão sendo vendidos. É sempre a informação da legenda, mas faz sentido já que se trata de “palestra-jantar” do economista Gustavo Franco, que já presidiu o Banco Central (BC) e integrou a equipe que idealizou o Plano Real. A propósito, a palestra em Belo Horizonte será na segunda-feira que vem.
Ah! Faltou um detalhe: “Teremos uma coletiva com Gustavo Franco e os pré-candidatos do Novo, às 15h, de 28 de maio, no The One, em BH”, informou o partido.

Sem congelar
“Agora, de forma nenhuma, se deve pensar em mudar a política da Petrobras e nem congelar preço. Todos lembram o que o Brasil viveu de euforia de curto prazo e, depois, de desespero com a política de congelamentos.” A frase é de ontem, do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Mas o melhor ainda estava por vir: “A prioridade da semana é concluir a votação do cadastro positivo”. Será positivo para quem vai comprar gasolina mais cara?

PINGAFOGO

A oposição não desiste. Ao contrário, insiste. Tanto que haverá hoje a audiência pública para discutir levantamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que apontou acúmulo irregular de cargo por cerca de 100 mil servidores em Minas.

A notícia é pé na estrada, mas na prática é tentar decolar. Isso mesmo. É o que pretende o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), com seis viagens já marcadas para esta semana e a que vem.

Além do aeroporto e das estradas, Alckmin pretende também lançar o seu plano de segurança pública. Tradução simultânea: um dos itens que mais preocupam os eleitores de acordo com as pesquisas.

Desta vez, a intervenção funcionou. Calma, nada a ver com o Rio de Janeiro, é o mercado de dólar.

Com o Banco Central (BC) atuando, ele caiu depois de seis altas consecutivas. Bem, se caiu 1,4%, não é nada, não é nada, não é nada mesmo.

Enfim, com o frio que está fazendo, ainda por cima com baixa umidade, leia-se tempo seco, o melhor a fazer é seguir orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e ficar atento.

 

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