Um repórter da Rede Record foi impedido neste sábado de se aproximar do acampamento pró-Lula, em Curitiba, quando tentava gravar uma reportagem após o atentado a tiros sofrido por dois integrantes do movimento. O aviso de parada, que para muitos internautas soou como uma ameaça, partiu do presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, Milton Simas Júnior. "É pra preservar tua integridade", disse o sindicalista, impedindo que o repórter seguisse em frente.
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Marc Sousa: Mas não pode gravar aqui?
Milton Júnior: Não seria recomendável, pra quem fala mal do movimento social. Ou tu fica lá do lado do carro da polícia. Tá? Eu tô te avisando pro teu bem.
Marc Sousa: Você não sabe nem o que eu tô falando.
Milton Júnior: Mas vocês falaram mal.
Marc Sousa: Não, sou da RIC.
Milton Júnior: Da Ric Record. (Inaudível). Mas é isso, eu acho que a imprensa tá toda junta no golpe, tá? Record, Band, tarara, tudo isso aí. Eu sou do Rio Grande do Sul, tá? Sou presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, tô avisando pro teu bem.
Em nota, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul disse que o vídeo mostra "perfeitamente a intenção do sindicalista de proteger o profissional, exatamente como deve agir quem representa uma categoria". O presidente afirmou que jamais teve a intenção de dificultar ou impedir o trabalho do profissional, mas garantir a integridade física dele. "Com o clima tenso, era impossível saber se o repórter poderia ser ou não agredido", explicou.
Ataque a tiros
Na madrugada do último sábado, duas pessoas ficaram feridas depois que uma pessoa disparou várias vezes contra o acampamento pró-Lula em Curitiba. Um homem de 39 anos foi baleado e uma mulher ficou ferida depois ser atingida por estilhaços.