São Paulo - O ex-ministro da Fazenda e presidenciável do MDB Henrique Meirelles afirmou nesta segunda-feira, 23, que é normal que campanhas mais polarizadoras se sobressaiam nesta fase de pré-campanha, que teria pouco apelo ao eleitor médio. Com 1% das intenções de voto segundo a mais recente pesquisa Datafolha, Meirelles também minimizou o resultado da sondagem, dizendo ser pouco provável que a situação das candidaturas seja definida com base nos números atuais.
Meirelles voltou a mencionar pesquisas qualitativas levadas em conta por ele para postular sua candidatura, em que apareceria como tendo as qualidades desejadas em um presidente: "seriedade, competência, honestidade e experiência". "Me defino como candidato do crescimento, das reformas e contra o atraso", afirmou o pré-candidato à plateia, formada por empresários e executivos de empresas.
Para um auditório lotado, ele defendeu o legado do governo Michel Temer e indicou que sua gestão seria de continuidade. Ele defendeu, entre outros temas, uma reforma política que contemple a adoção do voto distrital e uma reforma tributária nos moldes do que já vem sendo pensado pelo Congresso e pelo atual governo.
Flávio Rocha
Após a apresentação, Meirelles foi questionado sobre a aproximação do PRB, que tem como pré-candidato ao Planalto o dono do grupo Riachuelo, Flávio Rocha. Na semana passada, Rocha afirmou que seu partido estava negociando uma aliança com o MDB e que o ex-ministro da Fazenda seria um "bom vice".
"Temos conversas cordiais. Mas é evidente que coloquei meu nome à disposição do MDB, que é o partido da redemocratização, que tem maior presença no País, então minha postulação é à Presidência", respondeu Meirelles.